in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
A vida é uma experiência maravilhosa, cheia de coisas boas, de sorrisos lindos, olhos brilhantes, abraços quentes e aconchegantes, mas também tem o outro lado, aqueles a que muitos afirmam como sendo uma ilusão. Dizem que a dor é uma ilusão, mas se a dor é ilusão, a alegria também, pois ambas são emoções humanas, sendo que 1 + 1 = 2, quem não vive a emoção da dor, não vive a alegria, ou será que só há meias verdades!? Fica a questão para meditarem sobre a mesma.
Voltando ao que me trás aqui, vivemos muitas dores, obstáculos, dificuldades, inúmeros desafios que nos fazem crescer, mas é também verdade que nos cansam, nos entristecem, nos ferem. A história que vos trago aqui é uma situação minha, em que numa dada altura da minha vida, sentia-me muito cansado e triste, tinha posto de lado alguns desafios a que me havia proposto e isso tinha ferido o meu ego. Sim, o ego vale pouco, mas a realidade é que marcou e o universo, como perfeito que é, colocou-me numa situação perfeita, para avaliar se me deveria lamentar, baixar os braços, ou pelo contrário, agradecer.
Num dia, como todos os outros, fui ao ginásio, pois cuidar do corpo é também cuidar da alma, visto que tudo é realmente um só. Pouco tempo depois de chegar lá e de começar com o meu treino, vejo alguém a treinar que deveras sempre me marcou desde que ouvi a sua história, esse alguém era o ator Paulo Azevedo. Esse mesmo, esse homem incrível que não tem membros inferiores e “muito pouco” dos superiores, mas que em compensação tem uma força interior e uma garra maiores que o mundo. Vê- lo pessoalmente, com as suas aparentes limitações, mexeu comigo e digo-vos, aí sim é uma ilusão afirmar que ele tem limitações, pois essas só são reais na nossa mente. Claro que ele tinha que adaptar os exercícios às suas capacidades motoras, mas foi tão incrível vê-lo a treinar que verdadeiramente me inspirou, não sei se teria a mesma coragem, só as situações nos revelam e não as teorias ou a simples observação do mundo.
Fez-me então sentir de que vale o queixume, a vitimização, se no mundo há quem tenha sempre dificuldades maiores do que nós!? A vida não nos quer maltratar ou espezinhar, a vida faz o seu papel, que é a de professor, de nos colocar os testes e somos nós quem decide o que fazer, se passamos ou não, se estudamos para ele ou não. Não coloquem a responsabilidade da felicidade ou infelicidade na vida ou nos outros, pois esses estados vêm da alma e só por existirem já poderão ser gratos.
Já passei por momentos muito difíceis, onde vi morrer aos poucos pessoas que tanto amava e por outro lado, onde as vi também nascer e renascer. Dificuldades, desafios onde me superei, outros onde cai fundo e foi muito difícil reerguer-me. Dor, amor, sorrisos e lágrimas, consciência deste e de outras vidas, tantas coisas pelas quais a vida vale a pena apesar das lágrimas que por vezes inundam o nosso rosto. E tu, que estás a ler, não és assim tão diferente de mim, sentes como eu sinto, vives as tuas dores e amor, as tuas alegrias e dissabores, vives a vida como podes e consegues, não te sintas obrigado a algo, obrigado a viver desta ou daquela maneira. Apenas vive a gratidão de viver, vive a gratidão de sorrir e de chorar, vive a gratidão imensa de poder amar, pois é essa a maior dádiva do universo.
Não vale a pena escrever mais, estas são as palavras certas, neste momento, para tocar o teu coração, sou grato por isso, pois estou a sentir-te e tu estás a sentir-me.
Com amor, “
MILITAR E FACILITADOR DE CURA AUTOR DO LIVRO: “O SENTIMENTO DE VIVER A EMOÇÃO DE SENTIR”, DA CHIADO EDITORA
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