Por João Loureiro Rodrigues
in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2012
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Porque o amanhã é incerto, e porque a felicidade de que abdicamos hoje não é igual à felicidade adicional que poderemos obter amanhã, “hoje é o dia”.
A forma como ocupamos o nosso tempo determina de uma forma mais ou menos acentuada a nossa medida de felicidade. Nesta linha de raciocínio, constatamos a relevância do tempo despendido no local de trabalho. Trabalhamos para viver, ou vivemos para trabalhar?
O trabalho é geralmente visto como uma ferramenta, que nos permite potenciar a felicidade que retiramos de outros momentos ao longo da nossa vida. Uma ferramenta com custos, muitas vezes elevados. Valerá a pena dedicar tantas horas a uma simples alavanca para a felicidade? Tal como noutras dimensões da vida humana, valerá a pena refletir sobre o custo – benefício da quantidade e qualidade das horas que lhe alocamos.
Diferentes culturas analisam de diferentes formas a sua restrição temporal. Os Europeus, por exemplo, trabalham muito no início da carreira com o objetivo de desfrutar posteriormente de uma maior qualidade de vida. Em Africa, por outro lado, gasta-se de tarde o que é ganho de manhã, na pesca ou na agricultura. Desta forma não existe uma fórmula única para a maximização da felicidade.
O trabalho pode não ser visto como uma ferramenta com um custo associado. Poderemos retirar algum benefício presente das horas que lhe alocamos. Imaginemos o caso extremo, em que seríamos pagos pelo nosso hobby. O trabalho ganharia aqui uma nova dimensão! Artistas, desportistas são alguns exemplos de um grupo de privilegiado de pessoas que alocam o seu tempo de forma óptima entre trabalho e lazer. Um dia todos podemos estar nesse grupo, na certeza de que só com trabalho o conseguiremos.
“Toca o despertador e levanto-me. Chego ao escritório bem-disposto… afinal estou vivo e tenho mais um dia pela frente!” O trabalho pode ser encarado como um todo, ou como um conjunto de tarefas. Aposte na segunda visão, acreditando que cada tarefa isolada o pode ajudar a desenvolver uma competência pessoal ou profissional. “São dez horas e lembro-me da pausa do almoço. Com quem vou almoçar hoje?” Surge a oportunidade de debater algum tema na ordem do dia, conhecer outras pessoas ou simplesmente passear. No período da tarde se tiver muito que fazer, passará num instante. Se estiver a passar um período mais calmo aproveite para navegar na internet e explorar outras áreas de interesse.
Chegue a casa e aproveite para desfrutar de algum hobby, fazer desporto, estar com os amigos e com a família e lembre-se que amanhã há mais! Mas todos os dias pode Renovar!
A mudança começa em cada um de nós... desde que nascemos!
Mudamos porque vamos à escola e aprendemos, porque lemos, viajamos. Porque conhecemos novas pessoas. É um processo cumulativo.
Nós somos a soma das experiências que vivemos!
Economista, Changemaker
[email protected]
Portfolio manager @ Banco Espírito Santo
Presidente @ WACT – WE ARE CHANGING TOGETHER
REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2012