Por Paulo Marques
in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Lutamos imenso por ter uma profissão e ter como nos sustentar e pagar contas. Trabalhamos horas e horas, arranjamos mil e uma maneira de obter mais dinheiro, porque o que temos é sempre pouco e queremos mais e mais. Chegamos ao ponto de esquecer a vida pessoal, familiar e social, apenas porque por vezes passamos mais de metade do dia a trabalhar. Trabalhamos por medo de não ter e de perder. Trabalhamos para que nunca falte. Trabalhamos para nos sentirmos importantes e uteis, mas deixamos de viver! Deixamos de ter tempo para estar com os amigos, com a nossa família. Esquecemos a importância de ir fazer algo que gostamos e nos faz relaxar, o maravilhoso que é brincar com os filhos, sem descarregar neles o nosso stress. Deixamos de lado aqueles momentos a dois, com a pessoa que seria o nosso amor. E o tempo passa, dia após dia e tudo vai morrendo, tudo se vai perdendo. As pessoas, vão embora, pois se não fazem falta, não vale a pena ficar. As crianças crescem e dão o retorno do que lhes oferecemos, um espaço vazio. Aquele companheiro(a) de vida, foi embora, pois se fosse amor, nada se iria sobrepor. E só ficámos nós, vazios, com o nosso dinheiro no bolso e com o status. Rodeados de imensas pessoas, que não tocam o nosso coração, muito menos o fazem sorrir, apenas têm interesses. Até que chega o dia, sim, aquele em que a vida termina e afinal nada valeu a pena. Tudo ficou lá, a casa, o carro, o dinheiro, os investimentos, o status, as pessoas quem nem sequer umas lágrimas de saudade irão derramar. E nós? Ficou o vazio eterno, um frio existencial inexplicável.
Mas não, não é o dinheiro que é mau, mas sim a forma como o utilizámos. Não manipulámos essa energia divina de modo a usufruir dela, a nos trazer coisas boas. Deixámos que ela tomasse conta de nós e isso fez-nos perder do que realmente importa.
Limitamo-nos a usar e ser usados, ao invés de agir de acordo com um profundo sentir. Dispensámos o que nos faz sorrir e preferimos o que nos dá uma sensação de falso controlo e segurança.
Vem, deixa tudo e vamos dançar ao sabor da vida. Trás o dinheiro contigo, sem medo de o perder, pois tal como ele vai, assim volta, se tu estiveres em recetividade para com a vida. Não acreditas? Então desafio-te a sentir e a experienciar. Abraça o dinheiro com todo o amor que existe em ti e tal como nas relações, amor simboliza liberdade, então, liberta para que possas ficar leve e ser feliz. Deixa ir, pois tudo quanto precisas, volta a ti.
MILITAR, AUTOR E FACILITADOR
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in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2017
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