in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Contudo, trocar pressupõe sempre que esteja em relação com o outro, que disponibilize algo que tem a mais ou que já não precisa, por algo que o outro lhe tem para dar. Isso também é amar, estar disponível para a possibilidade da troca.
Mas como funciona a troca, afinal? Se quer começar a fazer trocas de produtos ou serviços, aqui vão alguns conselhos:
. Em primeiro lugar, faça uma listagem do que necessita. Pode ser um livro, um tratamento de estética, umas calças novas, aprender a falar inglês ou uma massagem.
. Depois, organize a sua casa: a roupa, os brinquedos dos seus filhos, os livros, os filmes... Coloque de lado tudo o que já não é utilizado, mas está em bom estado. Procure na zona onde reside se há feiras de trocas ou lojas de trocas onde pode trocar esses objetos. Caso não haja, pode tirar fotografias e fazer um álbum no facebook, dizendo o que solicita em troca. Não tem internet? Encontre um cantinho na sua sala, “o cantinho das trocas” e cada vez que tiver uma visita, inicie o seu dom de negociação. Ou dê! Partilhe o que tem a mais. Às vezes, ficarmos com menos coisas é um favor que nos fazem, não é mesmo?
. Se quer trocar competências ou serviços deverá identificar os seus talentos. Pode ser fazer currículos, um site, fazer design, ensinar fotografia, fazer artesanato, ter dotes culinários ou outros.
. Ter uma rede de amigos alargada é importante. E estar disponível para trocar com amigos de amigos ou mesmo desconhecidos também.
. Depois, é negociar a troca. O importante nas trocas não é medir quantitativamente o valor do que é trocado, mas sim, se é útil. Só trocará, se o que der em troca for útil para si e com quem troca, senão está a desperdiçar o seu tempo.
. Pode atrever-se a negociar trocas com empresas. Faça um currículo apelativo onde inclua as suas competências informais (ou seja, coisas que sabe fazer, mas não tem curso ou experiência profissional) e envie para as empresas. Informe o que pode fazer e o que quer em troca. Pode solicitar um produto de beleza, roupa, comida ou um curso de artes em troca de dinamizar as redes sociais, organizar eventos. Há sempre coisas que sabemos fazer, e até bastante simples, como por exemplo: apoio comercial, fazer limpezas, distribuir publicidade, arquivar, atualizar bases de dados, fazer atendimento telefónico, entre outras. Se aceitarem a sua troca, além de conseguir o produto ou o serviço que necessita, ainda ganha uma rede de contactos e quem sabe um novo trabalho, no futuro!
Como vê oportunidades e ideias não vão faltar. Quando começar a pensar de “forma belivadora” tudo parecerá simples, divertido e até um pouco mágico. A maioria de nós, quando cresce, cria obstáculos a coisas tão simples, como é adquirir algo. O truque nas trocas, é fazer apenas o que se sente confortável, o que é mais facilitador, simples e divertido. Não adianta trocar uma peça de roupa, se por exemplo não se sente bem, ao vestir roupa usada. Depende de si.
Sei que terá muitas outras ideias depois de ler este artigo. É altura de as por em prática, de se desafiar e fazer diferente. De desafiar os outros e de mudar alguma coisa na forma como viveu toda a sua vida. Saiba que estas mudanças, além de o ajudarem, ajudarão também os outros e o próprio planeta. Afinal, no dicionário o sinónimo de trocar é MUDAR. E como disse Clarice Lispector, “Só o que está morto, não muda.”
Arrisque-se a trocar e ame um pouco mais, nas trocas com o outro!
MENTORA DO PROJETO BELIEVE IN PORTUGAL
www.facebook.com/blogtrocasandresa
andresasalgueiro.weebly.com
vivoatroca.blogspot.pt
[email protected]
in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)