in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
liquidou metade do PORTO;
No século XIV, a peste-negra vinda doEste da Ásia, irrompe pela Europa: 1/4 da população euroasiática foi liquidada: FLORENCIA, por exemplo, perdeu 50000 dos seus 100 000 habitantes: não haviam aviões, barcos, contentores ou IPhones;Em 1918, uma estirpe de gripe, em poucos meses, infetou no mundo 500 milhões de pessoas: não havia telex, endereço mail ou Facebook: mas 4 em 10 habitantes do Reino Unido, foram-se; em menos de 1 ano falecem,não havia Google ou Alibabá: não se sonhava a Amazon;
No Séc XVI, México e centro América perdem 1/3 da população: não haviam comboios, autocarros: nem sequer burros: mas houve varíola;
Hoje, um vírus em 24 horas, vai à Óperade Verdi em Tóquio, concerto de Bocelliem Roma, Lady Gaga em New York, ou a Bonga Concert em Luanda: o vírus observa Bethania na Bahia: diverte-se, terá nascido 24 horas antes e passeia se pelo mundo;
Até à modernidade, a humanidade julgava a ira dos Deuses, os maus ares,os demónios perversos, as fontes da morte: desconheciam em absoluto a existência de vírus ou bactérias:organizam por isso rezas maciças,acreditavam em anjos e fadas: em reza conjunta contaminavam-se: um couto de caça maravilhoso para bactérias e vírus;
Na Idade média nunca determinaram a existência ou funcionamento de bactérias, ou vírus: surgiu a CIDADE,local de interação e dinâmica de interesses, de conhecimento, de relacionamento;
No último século, cientistas da cidade,na cidade, identificaram bactérias,vírus e modos de funcionamento: este,o coronavírus foi identificado e descrito em duas (2) semanas: não é senão o Triunfo da Cidade em contraponto à servidão rural e ao primitivismo ecológico: como se a natureza fosse Santa…;
(Vacinas, antibióticos, infra-estruturas médicas, mais e melhor higiene, a cidade, têm permitido que a humanidade derrote sucessivas ondas de predadores invisíveis. Resultados do Triunfo da Cidade.QUE podemos aprender com a HISTÓRIA ?
Em primeiro lugar, encerrar fronteiras não é solução: muitos antes da globalização, as epidemias passeavam se e matavam dezenas de milhões:confinamento, isolamento sério seria o regresso à Idade da Pedra: nobodywant it;
Em segundo lugar, a história demonstra que só em cooperação, intercâmbio de conhecimento e informação, parceria e relacionamento estreito em ciência e atuação, pode derrotar (derrotou)pandemias; o mundo está livre da varíola depois de intenso e íntimo esforço de cooperação internacional;o triunfo das dinâmicas da Cidade; a solução é cooperação e confiança mútuas;
As mutações genéticas nos vírus,tornando-os mais perigosos para TODA a humanidade obriga a comportamento solidário e simultâneo: não são as fronteiras entre os países que precisam de ser vigiadas ou encerradas: são as fronteiras, os limites, entre os animais e os seres humanos que precisam de forte e competente vigilância: é a globalização do conhecimento e das Boas práticas que garantem melhor proteção à humanidade/ é o espírito da cidade, urbana e cosmopolita, que garante proteção e sorriso face às pandemias;
No último século a cidade construiu fronteiras, muralhas, entre mundo animal e humanidade: os guardasdas muralhas são os humanos que integram, compõem, garantem os Serviços Nacionais de Saúde, resultado da cidade, do casal feliz, Democracias liberais + economias reguladas de mercado: afinal, o contexto, cidade onde múltiplas universidades e fontes de investigação e conhecimento(preenchidos por atores de múltiplas nacionalidades), constroem o saber da muralha; concebem felicidade e progresso;
Há brechas nessa fronteira: há centenas de milhões de seres humanos que não dispõem de sistemas de saúde seguros,fiáveis, densos: locais onde a cidade ainda é frágil: onde o facto urbano é frágil: essas brechas ameaçam TODA a humanidade: Berlim, New York,Madrid ou Buenos Aires necessitam de COOPERAR para liquidar essas brechas: para progredir na formação da muralha entre animal e humano: SÓ A COOPERAÇÃO, só a governança global,em instituições multilaterais e a todos unindo, pode garantir mais e melhor proteção: só o TRIUNFO da CIDADE,do amor ao saber estar cosmopolita,na confiança do Outro, pode garantir humanidade.
A pandemia hoje está favorecida por ausência de lideranças cooperantes:a tensão nacionalista, a tentação do demónio do encerramento, do confinamento.
A xenofobia, o isolacionismo, a desconfiança, são características a recusar no sistema de relações internacionais.
ó o prosseguir para melhor e maior globalização, para melhor cidade,pode derrotar este e outros vírus.A cooperação internacional, o progresso na confiança entre Estados, a governança multilateral e a anulação de fronteiras, são os seguro-garantia e os maiores inimigos de vírus futuros.
URBANISTA
[email protected]
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)