Por Rui Moura
in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Este estado do Universo antes do movimento simboliza-se sempre como um círculo vazio. Neste estado não existem extremos, não existem polos, não há yin e yang. Chama-se Sem extremos Wu Qi. Então podemos dizer que Yin-Yang é o um que ao dividir-se converte-se em dois.
Entre Yin-Yang há relações de antagonismo e de unidade e o antagonismo e a unidade de yin-yang resumem as leis do universo. O antagonismo e a união são os fenómenos mais gerais do universo. Mas, o que é o principal e o que é o secundário? Isto define-se observando a situação concreta, ou seja, para a condição o principal e o secundário podem variar.
O yang tem de estar enraizado no yin, ou seja, o masculino tem estar ancorado no feminino, a força emparelhada com a suavidade. A força, o movimento, o poder, a manifestação, ação, o masculino em todo o seu potencial, são tudo atributos de yang. Estes atributos estão sempre em oposição complementar e interdependência com yin.
Não podemos falar de yang sem falar em yin. Mas podemos salientar o que é yang e de que forma é que ele se manifesta na nossa vida. Como podemos viver a energia yang, como podemos viver, reconhecer e manifestar o masculino que habita em nós, homens e mulheres.
Se pensarmos por exemplo em artes marciais, estas são por definição a exaltação do yang, do poder, da força e do movimento em que o yin se encontra mais escondido, menos evidente, mas sempre presente. Procuramos aqui a mestria e o domínio de yang. E quando conseguimos enraizar yang com yin, poder com suavidade, o masculino com o feminino. Conseguimos conciliar amor e liberdade, como yin e yang supremos.
Se pensarmos em alguém que pratica judo e ballet. E pensar nestas duas modalidades em termos de yin e yang é interessante. A energia masculina está presente em ambos mas expressa-se de forma diferente mais evidente no judo e mais subtil no ballet.
Em todas as áreas da nossa vida, só avançamos com a energia masculina, decidir, co-criar, manifestar é sempre feito com recurso a yang. É yang que desbloqueia e abre caminhos, que põe em movimento.
Sempre que precisamos de ter mais nitidez na vida. Só temos uma forma, é decidir. E a partir daí surge a ação. O fazer, o por em prática, pode ser tão forte e intenso como o “judo” ou tão gracioso e harmonioso como o ballet. Sempre ancorado na dose correta de yin de energia feminina.
Isto é válido para homens e mulheres, percebendo que yin e yang é parte da nossa natureza e que ambos têm de ser trabalhados de igual forma. Neste caso, reconhecer o seu yang, a sua força, o seu poder, seja de que natureza for, é abrir-se e entregar-se à manifestação do seu conceito como o pensou e sentiu. A negação da energia masculina, resulta em estagnação e bloqueio, gera um estado de degeneração daquilo que é, porque a natureza da energia é movimento e se yang não guia yin, se o masculino não guia o feminino, o feminino desagrega-se e o ser sofre. A minha pergunta é: Qual é o seu conceito? Como é que o vai manifestar? O que é que vai fazer? Quando? A quem é que pode pedir ajuda? O que é que pode fazer já hoje? E amanhã? E com quem?
A energia que alimenta tudo isto é yang. Sinta o seu yang e faça, concretize e realize!
COACH, FORMADOR, TERAPEUTA
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in REVISTA PROGREDIR | ABRIL 2014
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