Por Ana Sousa
in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
As crenças podem impulsionar e motivar para agir e para conseguir o que se deseja ou, pelo contrário, impedir ou limitar os resultados que se obtêm nas várias áreas da vida.
Frequentemente não são percecionadas como tal porque atuam a nível inconsciente, “em piloto automático”, condicionando as escolhas, comportamentos, atitudes e decisões dos seus “detentores” como se fosse algo natural, inalterável e inquestionável.
Podem ser facilmente confundidas com a Identidade, com o Ser, principalmente as relativas à autoestima e ao autoconceito, formadas desde a infância e adolescência.
É importante ter a noção de que você tem crenças, não é as suas crenças. Estas são construídas a partir das experiências da vida, da perceção e do significado que lhes são atribuídos por quem as vive, das emoções que lhes ficam associadas e que, inconscientemente se tentará repetir, se agradáveis, ou evitar, se desconfortáveis ou dolorosas.
Crenças potenciadoras alargam a visão; crenças limitadoras ”afunilam” a visão. Face a uma mesma situação, uma pessoa com crenças potenciadoras tenderá a vislumbrar mais escolhas e possibilidades.
Sendo as crenças algo que se tem, é possível decidir reforçá-las, deixá-las partir, alterá-las ou criar e adquirir novas.
De que forma é que as crenças podem influenciar a vida financeira? Estas tornam-se muitas vezes profecias autorrealizáveis. Se uma pessoa tiver confiança em si e acreditar que é capaz, tenderá a desenvolverá uma atividade de forma diferente de outra que não acredite na sua capacidade e se veja a si própria como insegura. Para além de diferentes níveis de energia e entusiamo, é muito provável que a primeira sinta mais liberdade de ação para experimentar, persistir e procurar novas alternativas até obter o resultado que deseja. Os resultados que cada uma obtém confirmarão assim aquilo em que já acreditava, reforçando a crença num circuito fechado e contínuo.
Conhece as suas crenças mais profundas sobre si e sobre o dinheiro? Uma vez que as crenças podem ativar e potenciar ou limitar o acesso aos seus recursos internos, possibilidades e competências, pode ser útil refletir e aprofundar sobre o que acredita realmente e qual a intensidade da sua fé.
Qual a sua relação com o dinheiro? O que representa para si o dinheiro? O que lhe permite ou permitiria se tivesse mais? Quanto gostaria de ter? Tem alguma consideração negativa relativamente ao dinheiro? E em relação às pessoas que têm muito dinheiro?
Muitas vezes, a resposta imediata é que gostaria de ter mais dinheiro, que lhe permitiria fazer e ter mais coisas, dar mais às pessoas que lhe são queridas. Mas este pensamento intelectual e consciente é frequentemente acompanhado por pensamentos e sentimentos contraditórios e inconscientes. Quantas vezes se ouvem expressões como: não chega para todos; para uns terem muito, outros não têm nada; não é para mim. Algumas pessoas podem considerar que dinheiro e espiritualidade não condizem, ou que serão julgadas pelos outros, ou que não honrariam os antepassados que viveram muitos sacrifícios, ou que nada se consegue sem muito esforço…nestes casos, podem sentir que não vale a pena tentar, ou que não devem ou que não merecem.
As atitudes, ações e comportamentos são condicionados por aquilo em que se acredita. Se, por exemplo, quer ter mais dinheiro, mas acredita que vivemos num mundo de escassez, que nunca poderá ter o que gostaria, ou exerce julgamentos ou tem ressentimentos sobre quem tem mais, pode estar a afastar o que deseja conscientemente. Entre o desejo consciente e a emoção intensa, será esta que terá mais força.
Sabe que os estudos indicam que temos 20 000 a 70 000 pensamentos ao longo de um dia? Destes, apenas temos consciência de uma pequena parte. Uma vez que as crenças atuam num nível não consciente e se refletem nos pensamentos e sentimentos, é importante prestar atenção e observar o ruído interno, porque muitas vezes são verdadeiros auto-sabotadores que passam incólumes e invisíveis pela consciência.
Tem fé em si? Acredita em si próprio, no seu valor e merecimento? Tem confiança em si? No trabalho dá o seu melhor, acredita na mais-valia do que faz, aceita desafios com entusiasmo? Quando pensa no seu trabalho sente energia? Valoriza o seu trabalho? Sente que contribui com o seu trabalho para a sociedade, para os outros, para si?
Naturalmente que as crenças não são tudo o que condiciona os resultados, quer na vida em geral quer na financeira em particular, mas são um bom começo.
Se as crenças podem ser potenciadoras ou limitadoras; se podem ser criadas e alteradas, porque não escolher o que é melhor para si? Se quer alterar uma crença, comece por duvidar dela, questione-a. Depois tente substituí-la por outra que o satisfaça mais.
Como dizia Henry Ford: “Quer penses que podes ou que não podes, tens razão”.
Crie uma energia de abertura e permissão a mais possibilidades, colocando questões abertas. Ao invés de se fechar em certezas, convido-o a colocar perguntas sem procurar a resposta, mantendo a curiosidade do que poderá acontecer, e abra-se à possibilidade de ser e ter mais? O que mais posso fazer? O que mais posso saber e aprender? Como posso contribuir mais?
Tenha fé em si. Acredite em si próprio. Goste de si. Respeite-se a si e aos outros.
COACH, MASTER PRACTITIONER EM PNL, PRACTITIONER ACCESS BARS E
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in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2016
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