Por David Rodrigues
in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2013
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
E no meio de todas estas interações e condicionantes, há uma que tendencialmente pode ser crítica para a nossa satisfação pessoal e performance profissional, que são as relações humanas desenvolvidas. E aqui é onde por vezes surgem problemas complexos: os patrões autoritários, os colegas invejosos ou interesseiros, os superiores insuportáveis, entre outros.
E isso leva a atitudes e comportamentos que lesam por vezes o nosso bem-estar emocional e psicológico, como intrigas, mentiras, “jogo sujo” e conflitos diretos ou indiretos que colocam em causa a qualidade do nosso desempenho bem como a imagem e credibilidade profissional que é passada a terceiros. Isto provoca um sofrimento e desgaste muito grandes levando a elevados níveis de ansiedade, depressões, esgotamentos, alterações de humor, alterações físicas até à doença e por vezes mesmo à desestruturação da vida pessoal e a um total desequilíbrio psicológico. Este é um facto inegável.
Agora é também um facto inegável, que o aparecimento destas situações na nossa vida, não são inocentes nem casuais, aliás nada do que acontece na nossa vida é casual. Do ponto de vista energético, há um propósito na vivência daquela situação, que pode ter variadíssimas origens e múltiplas interpretações e mensagens implícitas como:
- já há muito tempo que estamos naquela posição e emprego e embora os sinais se tenham multiplicado nunca mais tomamos a decisão de sair e mudar (sim é verdade temos sempre as melhores justificações do mundo);
- precisamos de aprender a ser mais humildes;
- temos de crescer e tomar consciência de que tem de existir tolerância para formas diferentes de ver o mundo, e formas diferentes de lidar com determinadas realidades no âmbito profissional;
- há uma aprendizagem de perdão a ser feita;
- não trabalhamos para o nosso patrão, mas sim para nós próprios, e quando assim não acontece, focamo-nos nos problemas e não na nossa realização;
- as nossas expectativas, pelo efeito pigmaleão, concretizam-se sempre reforçando as nossas convições e certezas, de que colegas ou patrões são problemáticos, autoritários, …
- …
“Esperem lá… não me venham com cantigas, eu já tive em 3 empregos diferentes e apanhei sempre chefes que eram embirrentos e implicativos, vão-me dizer que isso não é um azar desgraçado…”
Pois claro que não, ainda por cima se a experiência se repete, não é mesmo de todo por acaso e o mais interessante é que o único fator comum, é o próprio protagonista da experiência. Que crenças tem relativamente às empresas e aos patrões? Sente-se seguro nas suas competências e qualidades? Qual a sua relação com o dinheiro? E com as suas emoções? Como são as outras relações da sua vida, amorosas, familiares, de amizade? Em que nível é que a sua vida está a precisar de ser curada?
A nossa vida é uma simbiose de múltiplos aspetos e dimensões que interagem energeticamente. O nosso nível vibratório é influenciado pelas mesmas e simultaneamente elas influenciam as situações que atraímos para a nossa vida. Isto é mais ou menos o mesmo que na psicologia positiva se denomina por lei da aproximação, em que existe uma maior abertura do nosso sistema de retenção de informação e da capacidade sensorial para detetar, seguir e aproveitar solicitações e informações que se cruzam no nosso espectro sensorial (que são milhares diariamente) e assim moldar e criar a nossa realidade de formas totalmente diferentes dependendo do nosso foco mental e emocional. Assim a nossa postura na vida, as nossas decisões, pensamentos e emoções moldam a teia energética que nos envolve e como vivemos num sistema sempre em busca do equilíbrio energético, são enviadas sirenes, apitos e encontrões que trazem mensagens de alerta para corrigirmos os desequilíbrios encontrados, da mesma forma que quando não comemos o organismo informa-nos que estamos em défice através da sensação de fome.
Assim e embora vejamos apenas os defeitos e problemas dos nossos colegas, subordinados ou superiores (como se nós não tivessemos nenhuns e o mal todo estivesse neles), em boa verdade, a maldade ou bondade não existe em termos absolutos na nossa vida profissional. Existem sim experiências que interpretamos como boas ou menos boas, mas que têm um significado muito concreto para nós, e que acontecem a nós em particular e não a outras pessoas ou quando acontecem a duas pessoas nem sempre o motivo é o mesmo.
Isto leva-nos ao grande desafio de transformarmos o nosso papel de vítimas indefesas em responsáveis pela criação da nossa realidade, com tudo o que isso tem de maravilhoso (e exigente)!