Por Soraya Rodrigues de Aragão
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
O Síndrome de Burnout é particularmente desenvolvido no ambiente de trabalho, onde a pessoa lida com situações de muito stress. Em outras palavras, o Síndrome de Burnout é uma resposta do organismo a uma carga de stress significativa e duradoura em que a pessoa vai gradativamente perdendo as forças para continuar exercendo as suas atividades quotidianas ou estas são realizadas com muito esforço físico, cognitivo e emocional, o que leva a uma redução a redução da quantidade, bem como da qualidade do trabalho até que o indivíduo chegue à completa exaustão.
Além disto, muitas pessoas, particularmente as mulheres, têm dois locais de trabalho. Além do trabalho fora de casa, muitas também precisam realizar as atividades domésticas que na maioria das vezes são consideradas como um trabalho, sendo que este pode ser até mais exaustivo, principalmente quando estas mulheres têm filhos, não importando a faixa etária dos mesmos. Deste modo, é impossível conciliar multitarefas, pois são muitos estímulos simultâneos em que o organismo não consegue dar resposta. Na maioria das vezes, estas tarefas estratificadas e deixadas para mais tarde, nem sequer chegam a ser concluídas, criando frustração e sentimento de culpa. Sendo assim, é necessário estabelecer o que para cada pessoa é prioridade, necessidade e urgência.
Vamos conferir os sintomas e sinais de alarme do Síndrome de Burnout?
Sinais, caraterísticas e sintomas:
• Esgotamento físico e emotivo com tendência crónica;
• Exaustão persistente, mesmo com uma boa noite de sono;
• Desmotivação, indiferença, perda de sentido e de realização na função ou trabalho em que a pessoa exerce;
• Despersonalização, caraterizada por conduta de hostilidade e irritabilidade com clientes ou pacientes;
• Baixa autoestima, sentimentos de culpa e inutilidade, o que pode levar a estados depressivos ou mesmo à Depressão;
• Faltas frequentes ao trabalho;
• Conflitos interpessoais no ambiente laboral por irritabilidade, impaciência e nervosismo, levando inclusive estes conflitos para o ambiente familiar;
• Insónia ou péssima qualidade do sono;
• Dores de cabeça, devido à constante carga de stress;
• Necessidade de isolamento;
Vale a pena realçar que o cansaço não acontece da noite para o dia, sendo um processo contínuo de consecutivas exposições a elementos geradores de stress e sendo portanto cumulativos para que surjam efeitos desagradáveis no organismo. Por este motivo, a pessoa necessita rever o seu estilo de vida e avaliar as causas da exaustão, como por exemplo, não se sentir satisfeito ou valorizado na profissão, se sentir sobrecarregado, ter demasiados compromissos de trabalho, não ter momentos de lazer.
Dicas importantes para as pessoas que se identificaram com os sintomas
• Procurar um médico para avaliação através de exames clínicos para excluir outras possíveis doenças;
• Avaliar o seu ritmo de vida;
• Avaliar a insatisfação, sobrecarga ou desvalorização no ambiente de trabalho. Em caso afirmativo, é necessário que seja reavaliada a vida profissional;
• Estabelecer prioridades: todos temos limitações e caso a pessoa insistir em um ritmo demasiado acelerado, o seu organismo vai manifestar sintomas e sinais;
• Fazer psicoterapia: através do trabalho psicoterapêutico, serão avaliados como se encontram os recursos psíquicos da pessoa, avaliando as causas emocionais, tais como conflitos internos e interpessoais, insatisfações para a busca de um novo sentido de vida, bem como possíveis problemas psiquiátricos através de técnicas e instrumentais específicos;
PSICÓLOGA, PSICOTRAUMATOLOGISTA, EXPERT EM MEDICINA PSICOSSOMÁTICA E PSICOLOGIA DA SAÚDE, ESCRITORA E PALESTRANTE
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in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2019
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