Por Maggie João
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
A experiência de ser Mãe, é cada vez mais, felizmente, uma escolha consciente, planeada, de querer gerar/criar um ser humano, ensinar-lhe o que é o amor, a amizade e tantos outros valores essenciais à vida.
A relação que se estabelece logo à nascença é maravilhosa: saber que demos e somos a vida daquela pessoa, o seu alimento, o seu conforto, a sua segurança. Mas poderá ser assustador para muitos.
Com as alegrias, vêm as preocupações, os medos, as ansiedades. E o importante é saber atuar com calma, sensatez e amor. Para acalmar o bebé que chora não podemos estar nervosas, tal como para tranquilizar a criança que recebeu justamente uma nota menos boa na escola, não nos podemos enfurecer com os professores.
Tudo o que fazemos, tudo, mesmo tudo está a ser visto e revisto, analisado e repensado e memorizado pelos nossos filhos. Passamos a ser um exemplo vivo, o que é claramente um estilo de vida.
Ser Mãe é tanto um gesto de altruísmo de gerar e proteger outra vida, como o é numa outra perspetiva, um gesto de egoísmo, saber que poderemos contar com alguém que cuide de nós quando as rugas nos taparem os olhos e as mãos encarquilhadas da artrose não nos conseguirem alimentar. Mas se vamos ser Mães a pensar nesse futuro longínquo da nossa velhice, então o tiro sairá certamente pela culatra. Pela simples razão de que nós não controlamos o destino, nós não sabemos o que será o amanhã e essa é mais uma das características agridoces da maternidade – não sabermos o que acontecerá amanhã. Daí que a própria maternidade ajude a mulher na sua caminhada de maturidade. Teremos muitas expectativas do que poderá ocorrer no futuro, poderemos até ter algumas certezas, mas não saberemos tudo. Porque ser-se Mãe é viver-se no presente, neste momento preciso, em que o filho esfolou o joelho quando caiu a jogar a apanhada, ou quando secamos as lágrimas da filha adolescente que sofre a perda no seu primeiro amor, ou então quando disfarçamos as nossas próprias emoções ao nos despedirmos do nosso filho que vai estudar para fora. Ser-se Mãe é viver no momento, é saber cultivar flores num areal, é caçar com gato e rir de nós mesmas, é ser-se gente por dentro e por fora, é amar no silêncio, na gargalhada e é sobretudo estar lá para sempre. Porto seguro de partida, e sempre porto seguro de chegada, de abraços abertos, esforçando-nos por fazer o nosso melhor e educar uma pessoa íntegra, completa e sobretudo uma boa pessoa.
Ser-se Mãe é saber multiplicar com uma conta de dividir! Ser Mãe existe porque acima de tudo se é Mulher. Por isso convém não se esquecer de si própria e de atingir um equilíbrio saudável entre ser-se Mãe, Mulher, Companheira, Profissional e mais os tantos outros papéis que vai tendo ao longo da sua vida.
Quanto mais completa se sentir melhor desempenhará cada papel da sua vida. Sobrecarregar um dos papéis em detrimento de outros não dará frutos a médio e longo prazo. O equilíbrio (que poderá não ser equitativo e certamente é diferente para si e para mim) é a resposta para muitas perguntas nas nossas vidas.
Como está esse equilíbrio na sua vida?
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in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
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