Por Cristina Gomes
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
É muito frequente as pessoas sentirem-se vítimas da vida, das circunstâncias ou das outras pessoas.
Vítimas da sua história, da história traçada por seus familiares, de educação que receberam, do amor e carinho que não sentiram, da economia do país, do destino…
Enfim… a lista seria quase interminável.
E o que é que todas estas situações têm em comum? São externas, não dependem de quem as vive ou viveu. O que é que isso cria? Para além do sentimento possível de vitimização, numa maior ou menor escala, dependendo da consciência que as observa, uma percepção de impotência.
Se algo é sentido como externo, e vem acompanhado desta percepção de impotência, é natural sentir-se que não se tem qualquer controlo sobre a situação. E aquilo que não se controla não se pode mudar. Certo?
Errado.
Independentemente daquilo que aconteça na vida, existe sempre uma escolha! Quanto mais não seja a escolha de como lidar com a situação. E isso pode mesmo fazer toda a diferença! No momento em que se começa a perceber o impacto que a forma como se escolhe olhar para determinada situação tem naquilo que a mesma faz sentir, está encontrado um grande poder: o lugar de responsável pela própria Vida.
Quando se sabe que se é responsável pela própria vida, não mais se sente que se está na mão das outras pessoas, ou à mercê dos infortúnios ou dos acontecimentos, aparentemente casuais, que a vida traz.
Quando se escolhe olhar para todas as situações como cenários de potencial crescimento e evolução, quando se encaram os relacionamentos como contextos privilegiados para autoconhecimento e transformação pessoal, não há como se continuar a sentir uma vítima da vida ou dos acontecimentos.
Esta é a chave. Assumir-se a responsabilidade. O lugar de poder. A liderança. Fazer as escolhas que têm de ser feitas e não deixar a vida nas mãos das outras pessoas, ou esperar que a sorte ou o destino façam sozinhos o que precisa de ser feito.
Mas… o momento em que se começa a despertar para este sentido interno de responsabilidade nem sempre é fácil.
Às vezes, parece mais tentador continuar a acreditar que não se está na origem do que acontece, e que nada se pode fazer para lidar com as situações de uma nova forma. Muitas vezes acontece também ter-se dificuldade em largar o papel de vítima. Claro que ninguém gosta de se assumir como uma vítima! Mas de cada vez que se acredita que outro, seja ele quem for, é que tem que mudar para se alcançar, por exemplo, a paz, a felicidade, a harmonia ou o bem-estar, está a colocar-se a responsabilidade e o poder da própria vida nas mãos erradas. Ninguém, para além da própria pessoa, é responsável pela sua própria felicidade. E enquanto se continuar a acreditar que sim, o mais provável é que a mudança desejada nunca aconteça…
Assim, apesar de nem sempre parecer fácil, esta consciência traz em si um potencial de transformação imenso… ao mesmo tempo que é profundamente libertador para todas as pessoas com que se partilha a vida. E na medida em que se libertam as outras pessoas, e se permite que elas sejam exactamente quem são sem esperar que sejam as responsáveis por suprir os vazios ou limitações que se sentem dentro, fica-se também mais perto do caminho da autenticidade e verdadeira felicidade.
É importante começar por passos simples.
Respeitar o que se sente, e honrar as necessidades que vão surgindo, momento a momento. Trabalhar a assertividade, desenvolvendo formas de expressão que incluam, tanto o respeito por quem se é, como pelas pessoas com quem se lida.
Aumentar a disponibilidade para o contacto interno, para se saber e sentir cada vez mais quem se é, o que se quer, o que é realmente importante, quais os sonhos que se guardam dentro, o que traz entusiasmo e alegria, mas também quais os pontos frágeis e que necessitam de ser trabalhados ou melhorados internamente.
Quanto mais profundo for este autoconhecimento e autoconexão, mais fácil se vai tornando o processo de se assumir quem se é, resgatando, a pouco e pouco, o lugar de centro e de líder na vida que se vive.
Porque a vida… é para ser vivida! Realmente.
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in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2016
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