in REVISTA PROGREDIR |AGOSTO 2021
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1. O que gosta de fazer? O que o faz sentir-se bem, animado, curioso e entusiasmado? Podem ser temas e tarefas simples e prazerosas, onde se sente desafiado e que reconhece uma sensação de alegria e prazer. Diz-se que a antítese da felicidade é o tédio, portanto anote o que não o aborrece, antes o motiva a fazer mais e melhor.
2. Quais os valores que são verdadeiramente mobilizadores para si? Identifique pelo menos dez valores que priorize na sua vida em diferentes contextos e tente ordená-los em termos da sua importância. Desses, pode mesmo questionar-se quais são os 3 valores essenciais, sem os quais não concebe viver de forma coerente consigo mesmo.
3. O que é que faz bem? Em que é que se reconhece bom e os outros reconhecem-lhe ser bom? Identifique as tarefas que faz com facilidade e fluidez, mesmo que sejam complexas e árduas. Pode ser clarificador recorrer ao feedback dos outros e a experiências mais antigas, até do tempo da escola – que aprendizagens eram naturais em si? Algo de que se gosta, em que se tem competência (ou a motivação para a aprimorar) constitui um talento, algo que podemos dar ao mundo e aos outros, em resposta às necessidades dos outros e do mundo em geral.
4. Quais as tarefas em que sente os seus valores prioritários em ação? Se já tiver uma carreira, será que esta exprime e os mobiliza de forma clara? Como se sente com isso?
O desalinhamento entre os valores pessoais e as exigências de uma profissão ou de um contexto de carreira pode contribuir para desgaste e stress, distanciando-o de uma vivência (profissional) feliz. Por outro lado, nem tudo o que gostamos e que nos apaixona pode constituir o fundamento de uma vivência produtiva, isto é, que possa ser reconhecido como uma profissão que contribua para a sua autonomia financeira, segurança e crescimento individual.
1. Que (outras) profissões podem colocar os seus valores e talentos pessoais em ação e que contribuam para o mundo?
Liste algumas das profissões que encaixam esses valores e capacidades e imagine como seriam os seus dias no exercício dessa atividade. Como se sente?
2. O que significa o trabalho para si? Quais as suas crenças em relação ao valor e custo do trabalho e da carreira profissional? E em relação ao dinheiro?
As crenças são “lentes” que usa para ler o mundo e que derivam das suas experiências, do que foi aprendendo ao longo da vida. Diz-se que “se trabalhar arduamente, vai ter sucesso e ser feliz”. Saiba que esta “fórmula” está ao contrário. Todas as metas, para o nosso cérebro, uma vez atingidas são quase imediatamente substituídas por outras, atirando para longe a tão desejada felicidade. Pelo contrário, sabemos que um cérebro que está focado na apreciação de pequenos momentos de felicidade fica mais rápido e ágil, mais resistente e produtivo.
Outra crença banal é que "o dinheiro não cai das árvores", implicando esforço, dedicação e muita dificuldade para se ganhar – tal não se coaduna com uma vivência de prazer e felicidade no trabalho: para algumas pessoas, ser feliz no trabalho pode constituir quase um paradoxo. Estas e outras crenças podem condicionar a forma como experiência e conduz a sua carreira. Por isso, verifique como se sente a ser retribuído pelo seu trabalho? E que outros tipos de retribuição, que não o dinheiro, é que o mobilizam e que aprecia?
3. Por último, refletir sobre os papéis sociais que assume e a forma como se relaciona com os outros, em contexto de trabalho: expressam também os seus valores e refletem a marca que quer deixar no mundo? Saiba que a perceção de apoio social, de relações humanas significativas, é uma das variáveis preditoras de carreiras bem sucedidas. Assim, o convite é para que a profissão seja um lugar de conexões com significado, de aprimoramento das suas forças e virtudes também na relação com os outros.
Talvez estas reflexões tenham ajudado a decidir o quão alinhado se sente em relação ao seu trabalho e que (re)orientações pode iniciar para promover a sua realização profissional e felicidade. Desejo-lhe um Bom Trabalho!
PSICÓLOGA CLÍNICA | HIPNOTERAPEUTA MEMBRO EFECTIVO DA OPP 20748
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