Por Marta Dias Pereira
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2021
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
A fórmula da felicidade é baseada em variáveis intrínsecas. Por isso, quanto mais se conhecer a si mesma/o, mais ferramentas terá para identificar quais os ingredientes da fórmula perfeita da felicidade para si.
Já na Grécia Antiga, Aristóteles anunciava que a felicidade é a maior meta do homem.
Porém, até aos dias de hoje, ainda se procura a fórmula perfeita. E este tema continua a ser estudado por cientistas, psiquiatras, sociólogos, psicólogos e até economistas. Aquilo que podemos saber com certeza é que essa fórmula é individual e, independentemente, do caminho que tome, a felicidade é o caminho.
Ser feliz durante essa caminhada prepara-nos para conquistas cada vez maiores, dando-nos a motivação necessária para não desistirmos.
Aquilo que podemos considerar como base do sentimento de felicidade tem como raiz a emoção alegria. A alegria é uma das cinco emoções inatas, importantíssimas para a nossa sobrevivência. Ou seja, podemos considerar a felicidade como uma base para o nosso equilíbrio e bem-estar.
Além disto, é importante saber que o sentimento de felicidade depende também da nossa personalidade e da forma como aceitamos os acontecimentos ou diferentes vicissitudes.
A busca pela felicidade não é um caminho linear e constante.
Ser feliz é variável de pessoa para pessoa. Características individuais, que pode descobrir através do seu autoconhecimento, tornam bastante mais complexa aquela que é a sua definição de felicidade. A felicidade pode ser um bem-estar subjetivo, uma soma de momentos de alegria, ou até um estado de humor positivo.
Esta subjetividade é tão vincada que se perguntar a alguém se seria feliz se ficasse cego, a resposta é óbvia: não. Porém, se medirmos a felicidade das pessoas que realmente ficaram cegas, veremos que elas são totalmente felizes, afirma o psicólogo Daniel Gilbert, um dos especialistas no estudo da felicidade.
Isto acontece porque as pessoas têm tendência a atribuir significado às diferentes situações, perspetivando se algo vai ser bom ou mau, terrível ou maravilhoso.
Pensar em ganhar o euro milhões, por exemplo, à partida, também nos daria a perceção de felicidade. No entanto, do mesmo modo, não podemos afirmar que isso fosse garantido.
Como tal, não podemos dizer que existe um segredo para encontrar a felicidade, mas podemos dizer que esse sentimento de felicidade parte do equilíbrio entre uma saúde estável e uma mente equilibrada.
Pensemos então numa base de trabalho pessoal para a felicidade.
Há quatro requisitos apontados como essenciais para encontrar um ponto de equilíbrio e felicidade: a saúde física, a estabilidade financeira mínima, uma boa relação afetiva e a integração social.
Neste sentido, podemos afirmar que ser feliz compreende uma série de reações positivas no corpo, cérebro e mente.
Os sentimentos de alegria emitem ao cérebro sinais estimulados por neurotransmissores, como a dopamina e a serotonina, que causam sensações de prazer e bem-estar.
Explicando um pouco melhor, o nosso cérebro está dividido em 3 camadas. A camada inferior (área reptiliana) refere-se às necessidades básicas. A intermédia refere-se à interpretação das emoções, e a terceira camada é a cognitiva, que permite ao ser humano planear, construir, interpretar e até criar momentos de perceção espiritual.
Ora, cada uma destas camadas, precisa de diferentes cuidados. E, ao nutrir todas as três camadas do seu cérebro, poderá assim encontrar o ingrediente mágico para a sua fórmula da felicidade.
Deste modo, para equilibrar a primeira camada é necessário que cuide da sua saúde. Estudos científicos demonstram que fazer exercício físico, por exemplo, aumenta os neurotransmissores da felicidade.
A segunda camada precisa de ser satisfeita com relações sociais, com amor, generosidade e solidariedade. Afinal, como seres humanos, somos o animal mais social do planeta, por isso não é de admirar que a maior parte da nossa felicidade parta dos nossos relacionamentos e da conexão que estabelecemos com os outros.
Já a terceira e última camada deve ser alimentada com educação, trabalho e criatividade.
Concluindo, há pequenas coisas que pode fazer todos os dias para aumentar a sua felicidade: passar mais tempo com os seus amigos, cuidar da sua saúde, ter pequenos momentos para si, ou mesmo meditar, ou fazer exercício físico.
Talvez todos estes conselhos lhe pareçam banais ou aborrecidos, mas repare que se conseguir manter o seu corpo e mente saudáveis e tiver por perto pessoas com quem desenvolve laços afetivos, esta poderá ser a sua fórmula perfeita para a felicidade.
É que até pode não ser fácil ser feliz, mas tem tudo o que precisa para o ser. Faça o seu processo de autoconhecimento e descubra dentro de si aquilo que já a/o faz feliz, pois a felicidade é o caminho.
PERSONAL COACH, HIPNOTERAPEUTA E FORMADORA DE PNL
www.martadiaspereira.pt
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in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2021
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