in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2015
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Esse estado vai-se alterando à medida que vamos crescendo, através das nossas vivências.
Passamos a vida a ouvir “cuidado com isto”, “não faças aquilo” e outras infinitas coisas que acabam por nos limitar ao projeto pré-concebido daquilo que querem (pais, avós, etc. – sociedade) que nós sejamos, em vez de nos permitir desabrochar a nossa verdadeira essência. Ao dar-se esta limitação, estamos a assimilar os medos dos outros e criar novos medos, os nossos.
Para sermos autênticos, devemos libertarmo-nos do medo e de tudo aquilo que nos amarra, que não nos permite Ser.
Ser autêntico passa por aceitarmo-nos tal como somos, na integra, em transparência. Abrirmos o nosso coração a nós mesmos. Aceitar que somos metade Luz e metade Sombra e que a Sombra é tão ou mais importante para o nosso crescimento pessoal tal como a Luz. Vivermos a nossa Sombra é permitirmo-nos sentir, ir bem lá ao fundo do poço para que nos conheçamos melhor e para que caminhemos em direcção a nós mesmos.
Vivênciar a Sombra permite-nos aprofundar o nosso autoconhecimento, levando-nos à verdadeira essência, à autenticidade.
Arrisquemos na exploração do Ser, para que reconheçamos o nosso lado positivo e o nosso lado menos positivo. Ambos existem dentro de nós justamente para se dar o equilibrio. Yin e yang… feminino e masculino… existe sempre uma dualidade.
Se continuarmos a ignorar todos os acontecimentos da nossa vida, não nos tornarmos conscientes e se não olharmos para as nossas vivências como uma aprendizagem, não nos permitimos crescer em harmonia.
Devemos olhar para nós mesmos como o centro. Nós somos o nosso próprio centro. Tudo o resto vem por acréscimo. Que seja algo que nos complete ou transborde. Afinal de contas o que mais interessa para além de nós?
Não devemos esperar que o outro traga até nós aquilo que precisamos para viver em equilibrio. Devemos sim, viver em equilibrio com nós mesmos e analisar se a vontade de ter alguém por perto faz parte do ego (querer, controlar) ou se é uma necessidade (vazio em nós).
E se pararmos para pensar nas infinitas pessoas que conhecemos e que estão sempre infelizes e em desarmonia com a vida? Isto acontece porque vivemos numa busca constante da felicidade num ambiente externo (alguém que nos complete, seja uma amizade, um amor… o que for) e esquecemo-nos do que é realmente importante… NÓS MESMOS!
Então… vamos rir… chorar… pular ou até mesmo gritar. Que sejamos o que somos sem autojulgamento.
Chega de lamurias… dependências… não aceitação… desses sentimentos indesejáveis. Temos uma passagem muito curta pela vida e devemos aproveitá-la ao máximo e em consciência.
Se estivermos sempre a fugir do que somos interiormente, sempre a anularmo-nos e em constante frustração, como podemos ser felizes? E ainda cobramos dos outros?
Sempre a pensarmos no que os outros pensam… e será que isso importa mesmo?
Nada nem ninguém pode viver por nós. O que está certo para uma pessoa, pode não estar para outra. E mesmo assim podem viver em harmonia e aceitação. Por isso, se estivermos sempre na vibração da preocupação do que o outro pensa, quer ou espera de nós, estaremos sempre a anular a nossa essência. Não nos permitindo assim sermos autênticos.
O mais importante na realidade é que sejamos nós próprios, que nos respeitemos, amemos… devemos avaliar as nossas atitudes e pensamentos sobre nós mesmos e pensar até que ponto nos deixamos influênciar por energias externas (mãe, pai, avó, irmãos, tios, namorado/a, professor, patrão…) e até que ponto queremos continuar a permitir que influênciem. Ou até mesmo, até que ponto aquilo que pensamos manipula as nossas acções. Não nos permitindo viver em verdade e sim em ilusão.
Para sermos autênticos, por vezes temos que fazer trabalho interior (meditação, abertura de consciência e coração…), o que requer tempo e dedicação e nem sempre estamos disponíveis para essa descoberta.
Não é de um dia para o outro que nos conseguimos harmonizar e chegar à nossa verdadeira essência, uma vez que fomos ensinados a afastarmo-nos dela. A bloquear sentimentos e vontades. A deixarmos de ser autênticos.
Caminhemos de mãos dadas com o nosso Ser. Que sejamos nós próprios a cada momento, para que sejamos verdadeiramente autênticos.
RUTE CALHAU NATUROPATA E TERAPEUTA HOLÍSTICA naturalmentezen.jimdo.com [email protected] in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2015 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |