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Por Maria Melo
in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Se a essência se tornar a primeira manifestação do Ser, teremos o ponto de partida, o começo, o princípio, a causa determinante da existência Humana. Nascendo o Ser da sua essência, provindo da mesma.
Na filosofia grega Platão referia a essência como aquilo que, numa coisa, é permanente e central, em oposição ao transitório e acidental. Para Platão, a verdadeira realidade está na essência, na forma pura da coisa, subtraída à tela aparente da existência.
Encontramos a essência no íntimo do Ser, mas e como chegar a ela, numa sociedade onde o exterior continua a ser promovido? Certamente não poderemos todos abandonar as nossas vidas e refugiarmo-nos algures num local do planeta para nos centrarmos em encontrar algo tão escondido, imutável e profundo. Como fazer então?
Refletir sobre este tema é por si só algo que não estaremos a maioria de nós habituados a fazer. Pensar sobre o absoluto de nós mesmos, independentemente da nossa existência, da nossa personalidade, da vida do dia-a-dia. Mas estará a essência assim tão escondida e tão ausente de quem somos todos os dias?
Talvez pela ideia do invisível deixamos de nos sentir nesse ponto de nós mesmo e passamos a associar a essência a algo de divino e que não pertence a nós humanos, deixando assim de estar em contacto com aquela que é a maior verdade de Ser Humano.
Mas como encontrar o filão de ouro que habita dentro de nós? Se sentirmos a essência como a mais pura verdade de nós mesmos, aquilo que é imutável dentro de nós, teremos então que nos despir da nossa personalidade, das crenças e valores que nos tornam pessoa, e fundirmo-nos apenas naquilo que nos resta no momento presente, ter a coragem de sentir o pulsar do coração, entrando em contacto com o silêncio da nossa mente e abraçando o que a nossa alma expressa, encontrando o divino em nós.
Mas terá que essa escolha ser consciente? Se a essência faz parte da nossa existência, mesmo nos despindo do que não é essência, teremos sempre que dar de nós através de um ato livre, para nos conectarmos com ela. Essa liberdade surge com a compreensão de nós mesmos e na relação com os outros e com o mundo que nos rodeia, sem a compreensão do mundo exterior será difícil compreender e aceder ao nosso mundo interior.
Sentir e ouvir sem reação, sem opinião, sem julgamento, sem comparação os murmúrios da mente, do coração e os sinais do inconsciente, permite-nos descobrir o que é verdadeiro e assim aceder ao que faz parte da essência. Essa descoberta, esse contacto é feito momento a momento, sem predefinições. Como cada por-do-sol é único, o contacto com a nossa essência é também único no momento em que se dá.
“O Sentido e a essência não se encontram em algum lugar atrás das coisas, senão no seu interior, no íntimo de todas elas.” Hermann Hesse
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