Por Mafalda Toscano Rico
in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2012
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Não é necessário consumirmos apenas produtos biológicos para nos sentimos mais Bio, a verdade é que apesar de consumirmos produtos de supermercado podemos introduzir estes novos produtos no nosso consumo diário, criando espaço para uma nova forma de produção mais ambiental e saudável.
Voltamos assim às origens, ao cheiro da terra, ao cultivo e à vida no campo.
A grande maioria de nós é gente da cidade, nascida e criada no meio dos prédios de Lisboa, com pouca ligação com a terra. Mas é curioso como começa a nascer um movimento que sente a necessidade de se ligar à terra.
Surgem estes novos conceitos de viver, onde engenheiros, publicitários, gestores, advogados, entre outros, trocam o rebuliço da cidade pelo silêncio e tranquilidade da vida no campo.
E falo-vos de alguém próximo, um gestor de empresas de profissão, e “homem da terra” de coração. Criado na Beira Alta, aprendeu tudo o que sabe sobre a terra com o avô materno. O amor que ele coloca em tudo o que faz, na sua quinta, seja abrir um caminho, enxertar, podar, plantar flores e árvores, regá-las, cortar as ervas daninhas ou construir um lago, é algo que não se explica por palavras, mas que se sente.
Na simplicidade de Ser, aprendemos o que é comer cerejas diretamente da cerejeira, aprendemos a apanhar batatas, e cebolas, e feijão-verde, para comer no próprio dia. E as ervas de cheiro! Muito melhor do que as do supermercado. Tudo ao natural, sem químicos.
Por força das circunstâncias, ou por pura opção, há cada vez mais pessoas a voltar à terra. Deixa de fazer sentido, cidades a abarrotar de gente e de automóveis, com cidades-dormitório que crescem em volta delas como cogumelos, vazias de verde e de vida, durante o dia, e os campos vazios e secos, vazios de gente e largados ao abandono.
Estamos, inevitavelmente, ligados à terra. Voltamos a ela, sim, mas voltamos já com uma nova consciência, que faz toda a diferença: não pensamos apenas no que a terra tem para nos oferecer, mas o que é que nós podemos fazer por ela. Uma troca, equilibrada, com respeito e reverência de parte a parte. Uma troca de energias.
Sabia que, para além de supermercados biológicos, há várias quintas de Norte a Sul de Portugal, com produção biológica, que fazem entregas ao domicílio? Em que pais, filhos, amigos trabalham para o mesmo fim? Não? Então experimente. Troque um pouco do dinheiro que ganha por um pouco do que eles produzem. Vai ver que não quer outra coisa! Valorize o que a nossa terra produz, e quem o produz. Quem ganha é a sua saúde, e a dos seus. Todos ganhamos.
Voltamos ao básico, ao principal, à essência, que é tão simples. A essência não precisa de telemóveis e automóveis topo de gama, nem de condomínios de luxo, nem de aviões privados, nem de roupas de marca, nem de viagens às Seychelles e às Maurícias. Não nego que não seja agradável, tudo isso, mas aquilo que a essência precisa, verdadeiramente, não está à vista, não é palpável nem, muito menos, comprável. Tudo o resto vem por acréscimo. É um bónus! E nós merecemos viver em abundância e prosperidade, em todos os aspetos. Mas podemos ter tudo isso e viver na simplicidade de SER. Então seja! Sem químicos, sem aditivos, sem máscaras. Seja… Bio!
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Facilitadora certificada do Método Louise Hay e de Constelações Familiares.
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REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2012