in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
1-Identificar e descrever o que está a acontecer. Ser capaz de olhar e ver as coisas tal como elas são, deixando de lado a nossa própria interpretação. Observar da forma mais honesta possível, sem crítica e/ou floreados. Sem tentar escrutinar que aprendizagens, lições, sinais, sentidos e motivos podem estar por trás do que aconteceu.
2-Identificar e acolher as emoções que estão a despertar em nós, sem julgamento e vitimização e responsabilizando-nos pelo que estamos a sentir. Deixo-vos alguns exemplos de vocabulário emocional:
Ansiosa
Frustrada
Furiosa
Confusa
Culpada
Pessimista
Desencorajada
Ciumenta
Ressentida
Vazia
Sozinha
Arrependida
Cansada
Inquieta
Afastada
3-Expressar e comunicar aquilo que estamos a sentir – connosco (através da escrita, por exemplo, e tentando ser o mais claro possível) e com os outros, quando estivermos preparados e mais centrados para isso. Aqui é importante escolher desde o coração a nossa rede de apoio e ir percebendo com quem podemos conversar honestamente e quem está aberto a escutar de forma empática e sem julgamento. Este movimento na direção do outro traz-nos a humildade e relembra-nos que todos nós usufruímos ao pertencer e ao nos sentirmos embalados em outros colos que não o nosso. É uma ótima oportunidade para nutrir o Equilíbrio no dar e receber.
4-Observar o que aconteceu com um olhar curioso e expansivo para com isso perceber o que chegou de novo à nossa vida em resultado daquela experiência. De que forma me transformei? O que descobri de novo em mim? E à minha volta? É importante acolher a experiência tal como ela é, mas não ficar estagnado no que foi. Todas as experiências são válidas e fazem parte da nossa história e é mágico quando nos apercebemos da liberdade imensa que temos para olhar (também) através de novas lentes para experiências que podem ser menos positivas e de difícil entendimento e daí retirar algum sentido que nos impulsione e nos expanda em direção ao movimento e à transformação.
Eu digo muitas vezes que ser capaz de ressignificar é uma bênção e que é um dos legados que gostaria de deixar aos meus filhos porque acredito que existe muita magia nesta capacidade de olhar sem limites para o que vivemos na pele, no coração, na alma. Mostra-nos que há sempre algo mais além por descobrir, por ver, por integrar, por viver. Há sempre movimento a acontecer, há sempre vida a pedir para ser celebrada. Que ressignificar não seja para ti uma bóia de salvação procurada apenas quando estás em estados de urgência, mas sim uma filosofia de vida que acompanha o teu caminhar.
DOULA NA PRÉ-CONCEÇÃO CONSCIENTE, GRAVIDEZ E PARTO CONSTELADORA
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