in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Estar presente. Escutar o que ressoa dentro de mim. O que ouço, o que vejo, o que sinto quando conscientemente procuro perceber o que me faz pensar, sentir e fazer aquilo que penso, sinto e faço?
A nossa vida está, em grande parte, condicionada por hábitos. Somos previsivelmente previsíveis. Procuramos não fazer grandes mudanças uma vez que isso nos dá algumas certezas quanto à manutenção de algumas coisas que consideramos importantes que estejam seguras — pessoas, situações, o ambiente físico e social em que nos inserimos, a autoimagem, a estabilidade.
Quando algo acontece que ameaça a nossa forma tradicional de estar, quando alguma dificuldade surge, temos tendência a dar as mesmas respostas e a perpetuar o ciclo. Algo de errado nisto? Talvez não… talvez sim. Quando as velhas respostas nos mantêm presos a uma realidade que já não nos satisfaz, mas tememos não ser capazes de alterar o que se passa sem gerar conflitos ou provocar ondas de choque cujos efeitos receamos não ser capazes de ultrapassar, talvez fiquemos à espera que, por milagre as coisas se resolvam. Entretanto, vamos morrendo por dentro.
Enquanto indivíduos, somos ensinados a manter sob controlo aquilo que sentimos e a racionalizar as emoções. Criamos carapaças e tornamo-nos “fortes”. Resistimos o melhor que conseguimos às adversidades até que surgem as famosas crises, na forma de problemas particularmente desafiadores e que põem em causa aquilo que somos e sabemos.
Os primeiros convites à mudança surgem, muitas vezes, dissimulados por pequenos acontecimentos que facilmente passam despercebidos. Deixamos passar, achamos que são pouco importantes e não valem o trabalho que daria resolvê-los. Depois existem os outros — os grandes momentos — e sabemos que já não é possível manter tudo igual. Somos como que obrigados a enfrentar o passado com tudo o que isso implica: as nossas escolhas, as nossas ações e, inevitavelmente, teremos de lidar com aquilo que mais receamos encarar. Nesses momentos, as repostas que temos deixam de servir.
Os momentos mais desafiadores das nossas vidas podem ser vistos como os marcos fundamentais que nos permitem perceber todo o percurso que realizámos, que competências desenvolvemos, que valores fomos incorporando, que crenças possuímos, o que nos serve bem e o que já está mais que ultrapassado e pronto para ser largado. O desafio que tivermos pela frente irá forçar-nos a deixar de olhar para o supérfluo e a desbloquear e desenvolver novos recursos e competências. No fim, iremos perceber-nos mais capazes, confiantes, completos e empoderados.
A vida é feita de ciclos, a mutabilidade é a constante da vida e aquilo que um dia fez sentido, a dado momento pode muito bem deixar de o ser. Esse é o momento de olhar com novos olhos para nós e o nosso mundo, abrir-nos a novos pontos de vista, mudar, transformar, deixar ir para que algo de novo possa surgir. É o momento de renovar quem somos para que possamos mudar o que queremos que seja a nossa vida.
Renovar - Perceber o percurso que realizámos, deixar ir o que já não serve e desenvolver novos recursos e competências.
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