Por Catarina Lucas
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015
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Assim sendo, como poderá amenizar alguns atritos e evitar situações desagradáveis? Como poderá aumentar a produtividade e contribuir para o alcançar dos objetivos da empresa? A resposta poderá estar na empatia. O conceito difere da tão conhecida simpatia. Esta surge de forma espontânea e genuína, enquanto a empatia precisa ser desenvolvida e treinada. Refere-se à capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa e compreende-la, sem juízos de valor, o que pode por vezes ser difícil.
Através dela, consegue gerir o seu comportamento e ajustá-lo de modo a não ferir a suscetibilidade da outra pessoa. Na prática, é colocar a questão: “se fosse eu a estar do outro lado, como gostaria de ser tratado?”. Se assim fizer, verá que consegue adotar uma postura mais tolerante e um discurso mais assertivo. Recorde-se que, muitas vezes, poderá dizer exatamente a mesma coisa mas adotando outra linguagem e outro tom de voz. Ao ser agressivo (mesmo que tenha razão), provocará na outra pessoa uma reação de defesa através do contra ataque. Se por seu lado, adotar uma postura mais humilde e compreensiva, conseguirá a concordância da outra pessoa e possivelmente a mudança comportamental. Isto evitará alguns conflitos e fomentará o bom ambiente grupal.
Nos contextos profissionais, para que os objetivos sejam alcançados, é necessário que haja coesão, ou seja, união entre todos os elementos da equipa. Contudo, esta coesão necessita muitas vezes da tolerância e de aprender a aceitar as diferentes opiniões com o intuito do desenvolvimento pessoal e profissional. Só quem entende e aceita o outro poderá ajudar a empresa ou instituição a crescer e atingir as suas metas. Só desta forma se poderão estabelecer relações de confiança e entreajuda, tão necessárias ao bom funcionamento da equipa.
Quando treinada e implementada, a empatia revela a importância do relacionamento interpessoal, onde se inclui a confiança e tolerância, o que favorece o comprometimento com a empresa que representa e, consequentemente, a produtividade.
Todavia, a empatia não se desenvolve de um dia para o outro, requer treino e prática, contudo, será tempo bem empregue.
Numa fase inicial, requer a tomada de consciência das suas próprias emoções, para posteriormente percecionar e compreender as emoções do outro. Não sendo algo espontâneo, a empatia carece de vontade de mudança. Assim, é necessário querer ser mais empático e, a partir daqui, esforçar-se em cada situação para ser mais compreensivo e assertivo. Dia após dia notará que o conceito começa a ser assimilado e que esta forma de comportamento passará a ser mais autêntica e espontânea, passando a integrar a sua forma de ser. O importante é estar sensibilizado para o seu desenvolvimento.
Estabelecer e manter um bom relacionamento entre colegas no ambiente laboral, fomenta a produtividade, o bem-estar e o desenvolvimento pessoal.
CATARINA LUCAS PSICÓLOGA CLÍNICA www.catarinalucas.pt [email protected] in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2015 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |