Por Marinélia Leal Facote
in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Desde o encontro do óvulo com o espermatozóide existe uma relação.
O propósito da manifestação humana é criar e fortalecer elos, ligações, relacionamentos.
Por isto, desde sempre procuramos fortalecer as relações, e a vida proporciona o tempo todo, este encontro. Quando olhamos para a nossa vida percebemos que nos relacionamos com tudo à nossa volta. A relação é inerente ao ser humano é o caminho mais rápido para a perceção de quem se é.
A primeira relação que tivemos, foi com a nossa mãe ainda na vida intra uterina. Criamos uma comunicação só nossa. Passamos meses a relacionar-nos com alguém que nunca vimos os olhos, de quem nunca recebemos um pequeno sorriso, um olhar de aceitação, e procurámos a todo custo fortalecer esta relação, como forma de nos mantermos vivos. Começamos a prender com ela o que é ter uma relação. Como é se relacionar. A nossa mãe foi a nossa primeira parceria e com ela aprendemos o que é um relacionamento.
Se esta relação foi plena, amorosa, forte, se havia cumplicidade e amor incondicional estamos nas “sete quintas”. Nos sentimos o Ser mais forte, amado e realizado. Experimentamos a ideia de sermos amados por existirmos, sem nenhuma necessidade de funcionar no fazer. Iremos começar a acreditar que as relações são possíveis, fortes e amorosas. Acreditamos que podemos ser amados plenamente pelo que somos. Isto seria uma mais-valia para todos os seres e criaríamos adultos mais disponíveis para viver em pleno uma relação.
Mas infelizmente, não é sempre isto que acontece…
Nem todos tiveram a possibilidade de uma relação intra uterina tão amorosa, forte e saudável. Este distanciamento, consciente ou inconsciente, da mãe com o feto cria um padrão de relação deficiente, vazio e às vezes assustador para o novo Ser. Este relacionamento alimenta a crença de que relacionamento é tudo, menos seguro, acolhedor e forte. Na vida adulta esta pessoa poderá ter dificuldade em fortalecer relações. Muitas vezes, inconscientemente, esta pessoa vivência relações distantes, frias e indisponíveis, podendo criar forma de se relacionar pelo fazer, e não pelo Ser. Pode acreditar que nunca será amada incondicionalmente. Que precisará fazer algo para ganhar amor.
Estes condicionamentos são criados pelas memórias celulares da vida intra uterina e se manifestarão no dia a dia, como se houvesse um “chip” com toda estas informações vividas acerca do que foi o primeiro relacionamento.
Neste caso, torna-se muito difícil fortalecer as relações com o mundo, pois aprendemos que as memórias celulares negativas e ou positivas irão conduzir as relações.
Poderíamos dizer simplesmente:
Conte-me como foi a gravidez da sua mãe que posso imaginar os tipos de relacionamentos que constrói!
Outro fator não menos relevante, são os relacionamentos na sua família, os seus pais e os seus avós, principalmente. Nós observamos a vivência relacional dos membros das famílias desde muito pequenos.
Somos seres de experiências e espelhamentos, e dentro da nossa família assistimos “cenas” de relacionamentos como se estivéssemos a assistir a um filme, às vezes até a uma novela mexicana.
Com eles aprendemos como nos relacionarmos, vemos as relações familiares em ecrã
gigante e vamos aprendendo. Independente de gostarmos ou não do que estamos a ver, vamos aprendendo o que se vai espelhando à nossa frente.
Famílias harmoniosas, com boas relações criam padrões amorosos fortes e positivos. Famílias mais conflituosas com relações disfuncionais, criam padrões disfuncionais, frágeis e inseguros nas relações das gerações futuras.
Principalmente o relacionamento dos nossos pais, ensina-nos diretamente o que são relacionamentos e nos condiciona para toda a vida. Não só o relacionamento entre os dois cônjuges como também o relacionamento deles com os filhos cria e determina padrões de relações futuras nos filhos.
Para construirmos e mantermos relações sagradas precisamos investigar a nossa história natal, a gravidez da nossa mãe, e as relações da nossa família, para identificarmos o que aprendemos com estes factos e situações.
Somente para depois percebermos se estamos projetando na nossa vida atual, alguns destes tipos de relacionamentos e assim identificarmos o nosso padrão de relacionamento.
Caso o padrão seja positivo podemos intensificá-lo para melhorar e fortalecer os nossos relacionamentos. Caso contrário escolhemos e procuramos forma de nos desvincular destes padrões, para depois podermos construir, manter e fortalecer relações sagradas.
Se desejar criar um relacionamento forte, amoroso e saudável, investigue o passado para manifestar o que deseja aqui e agora.
Somos resultados do que vivemos e vemos!
TERAPEUTA HOLÍSTICA, ESPECIALISTA EM REBIRTHING E PRÉ-ESCOLA UTERINA
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in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2016
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