in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2024
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Uma vez uma mulher estava numa cama de um hospital e os médicos determinaram que já não podiam fazer mais nada por ela e que ela ia falecer. Por alguma razão, um médico jovem teve tanta empatia com ela, que ficou a noite toda ajoelhado aos pés da cama dela a rezar. No dia seguinte de manhã, a mulher acordou e estava curada. Milagre? Ou esta alma comoveu-se tanto com a devoção do médico, que decidiu que afinal podia passar mais um bocado de tempo na terra?
Às vezes a cura acontece assim, sem nós fazermos nada. Abrimos os olhos a seguir a receber uma cura e estamos numa nova realidade - totalmente curados.
Outras vezes a cura é um caminho evolutivo. Então precisamos de fazer algo para que a cura aconteça. E para percorrer esse caminho, temos uma bússola que nos dá uma direção. E a bússola é a voz do nosso espírito que fala uma linguagem muito simples: quando estás a fazer algo ou quando estás a ter uma interação com alguém ou te sentes bem ou não te sentes bem. E tudo o resto é política. Então faz o que queres realmente fazer e não faças o que realmente não queres fazer. E confia na tua viagem.
O chacra do plexo solar é acerca de poder, liberdade, controlo. Corresponde ao corpo mental e é o nível da personalidade – o nosso grau de identificação com os nossos pensamentos. Quando nascemos, a nossa mente está vazia. E depois começamos a aprender.
Nós todos somos seres que nos alimentamos de amor. Quando somos muito crianças e nos comportamos de uma determinada maneira recebemos amor, quando nos comportamos de outra maneira não recebemos amor. Então começamos a aprender. E assim criamos a nossa personalidade. A nossa personalidade é quem nós pensamos que somos. Ou quem nós aprendemos que somos.
Mas na realidade nós somos algo muito mais profundo do que os nossos pensamentos. Nós somos um espírito dentro de um corpo físico. Quem nós somos realmente, neste sítio mais profundo do nosso ser, está no chacra da fronte, o chacra do espírito e da perspetiva espiritual. A este chacra da fronte, a psicologia ocidental chama subconsciente ou inconsciente. Mas se nós lhe chamarmos inconsciente, isso significa que nós acreditamos que há algo a acontecer na nossa vida sem nós sabermos porquê. Por isso nós chamamos-lhe espírito. Assim tornamos este inconsciente consciente e vemos qual é a imagem que energizámos neste sítio profundo e a sua relação com a realidade física que criamos à nossa volta. Qual é a imagem que nós energizamos profundamente? Somos vítimas? Ou estamos ligados ao nosso poder próprio? Somos abandonados? Ou somos amados? Somos tímidos e não nos expressamos? Ou temos uma expressão clara? Controlamo-nos a nós próprios e temos grilhetas internas? Ou somos livres?
E quando nós vemos isto, então sabemos porque é que as coisas acontecem assim na nossa realidade física. Elas não acontecem por acaso, não há coincidências, elas estão relacionadas com o que nós pomos na nossa consciência.
O chacra da Fronte – o espírito, é a fonte da intuição. E como vimos antes, o espírito fala uma linguagem muito simples: quando estás a fazer algo ou quando estás a ter uma interação com alguém ou te sentes bem ou não te sentes bem.
Quando estamos a seguir este caminho momento a momento (porque a intuição fala sempre no momento presente; nunca é para o futuro nem para o passado), estamos a viver a verdade do nosso espírito – quem nós somos realmente. E assim podemos alinhar os nossos processos de pensamentos – o chacra do plexo solar, com o nosso espírito – o chacra da fronte.
Porque se o nosso espírito quer ir para um lado – ser livre de uma relação por exemplo, ou ser livre de um emprego – e os nossos processos mentais puxam para o outro lado – com os pensamentos damo-nos a nós próprios boas razões para permanecer num emprego ou numa relação que não nos faz feliz – ficamos doentes ou as coisas correm-nos mal apesar de tanto esforço e não sabemos porquê.
A sociedade ensinou-nos a dar muito aos outros, a fazer os outros sentirem-se bem. O que é um bom princípio, só que isso tem que começar por nós. O verdadeiro respeito começa de nós para nós. Por nós nos fazermos a nós próprios sentirmo-nos bem. E quando estamos verdadeiramente bem, automaticamente todos à nossa volta se sentem bem também. Quando fazemos as coisas “pelos outros” mas no fundo nos ficamos a sentir mal porque estamos a dar demais e não era o que queríamos realmente fazer, automaticamente toda a gente à nossa volta se sente mal. Porque nós sentimo-nos uns aos outros. Sentirmo-nos bem é não é um luxo, é uma responsabilidade.
É uma maneira totalmente diferente daquilo que muitos de nós fomos educados a fazer. Pormo-nos a nós próprios em primeiro lugar. Viver momento a momento. Como é que te sentes agora? E como é que te sentes agora? E assim quando vemos outra pessoa a pôr-se a ela própria em primeiro lugar, compreendemos o que ela está a fazer. Isto é respeito verdadeiro. É ser um sol a interagir com outros sóis.
FORMADORA DO SISTEMA DO CORPO ESPELHO, ORGANIZADORA DE CURSOS DA VISÃO, MEMBRO DA FUNDAÇÃO BROFMAN
Website: www.brofman-foundation.org
Email: [email protected]
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