in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Estas constatações não são novidade, mas nem sempre as conseguimos integrar na nossa vida. Parece, por vezes, que somos especialistas na autossabotagem e apesar de querermos muito algo, a nossa vida fica preenchida do contrário. Porquê?
A principal razão é o medo. A segunda, o orgulho.
Todos queremos ser autónomos e livres nas nossas decisões, sem sermos condicionados pelo dinheiro que temos (ou não temos), mas muitas vezes sentimos que perdemos o controlo, que é por causa do dinheiro que trabalhamos 8h, 10h, 12h por dia, que é por causa do dinheiro que não temos tempo para os filhos, família e amigos, que é por causa do dinheiro que não somos felizes, entre tantas outras culpas que atribuímos ao dinheiro. São muitas culpas para um conceito, uma moeda de troca, são muitas culpas para uma energia de troca.
O dinheiro não é bom, nem mau, é neutro. As valorizações subjetivas são feitas por quem observa e lida com ele, mas na sua essência ele é um meio de troca de serviços e produtos e por conseguinte uma energia neutra que está disponível para ser utilizada.
O dilema começa quando não conseguimos integrar que o universo é abundante e por isso que há dinheiro e abundância material suficiente para todos, inclusive para nós próprios, sem que outros fiquem piores por nós estarmos bem. Embora saiba e acredite que o universo é abundante, talvez sinta medo da falta de abundância material. E é nesse medo e na escassez que acaba por concentrar a sua atenção e foco criando essa realidade na sua vida. Neste momento, o dinheiro está a mandar na sua vida e você perdeu o controlo do que acontece na sua vida. Precisa de resgatar a confiança na abundância do universo manifestada na sua vida em particular, abdicando da necessidade de controlo e planeamento absoluto e de saber antecipadamente e intelectualmente como é que a abundância de vai manifestar. Dando liberdade ao universo para encontrar as melhores formas de manifestar a abundância na sua vida, inclusive a material, não pensando (e condicionando) que tem que ser apenas através do trabalho duro diário ou do euro milhões. Quando não confia e quer controlar, o que atrai é a falta de abundância, o que funciona como validação dos seus medos de não ter o suficiente.
Talvez a sua resposta, seja que, é a falta de dinheiro que a deixa num estado de ansiedade e tristeza, que se tivesse dinheiro a sua vida seria mais fácil, alegre e realizada. A alegria vem de dentro! Nada exterior a si, incluindo o dinheiro, podem criar felicidade e a sua falta de abundância, vem dessa tristeza interior que experiencia e não o contrário.
Algumas pessoas fazem parte de outro grupo que consegue gerar mais do que o suficiente para a sua vida, e criaram uma vida de conforto, bem-estar e segurança material para viverem sem preocupações materiais e de dinheiro. No entanto, por vezes manifestam esta abundância e utilizam-na para definir quem são, para mostrarem que são bem-sucedidas, que são capazes de gerar riqueza e bem-estar e confundem-se com a própria abundância, ela é a autodefinição de quem são, perdendo de vista a sua essência verdadeira, o seu ser espiritual. Foi aqui que o orgulho de ser criador de abundância, o orgulho de ser bem-sucedido de acordo com os critérios de uma parte da sociedade e a autoidentificação com os bens materiais e o dinheiro os lixou, porque esta é apenas outra forma de medo. Medo de não serem alguém se não tiverem ou acumularem riqueza material, medo de serem rejeitados pela pessoa que são, medo de não serem felizes, reconhecidos ou apreciados se não tiverem dinheiro, medo de que se não acumularem dinheiro e bens, quando precisarem possam não ter. Uma vez mais, o dinheiro manda na vida destas pessoas e não são elas que mandam na sua vida.
Claro que não tem que ser assim. Você pode escolher na sua existência viver uma vida assente na privação de bens materiais ou no conforto e bem-estar que a abundância material e o dinheiro lhe podem proporcionar como caminhos para fazer o seu percurso espiritual, sem ficar agarrada à noção de escassez ou de autodefinição. Aceitando a realidade que projetou para si e que a ajudará a evoluir. Qualquer uma das opções é válida, e uma não é melhor do que outra. A questão é se está a fazer verdadeiramente uma escolha, ou simplesmente está a ser arrastada pelo peso das suas crenças e atitudes face ao dinheiro?
Onde é que está o seu foco de atenção e a sua energia? Na escassez? No bem-estar? Na necessidade de ter bens para se afirmar? Na felicidade? Na evolução espiritual?
Confia na abundância material do universo, e na capacidade de ela se manifestar quando é necessária?
CONSULTOR MONEY LIFE
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