Por Pedro Rui Carvalho
in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Costumo dizer que ser “Sonhador é ser um realista por conta própria.” Por vezes achamos que estamos a perder a cabeça quando procuramos fazer algo de significativo na nossa vida profissional, quando na verdade talvez a estejamos a encontrar. Encontrar as nossas paixões, quem realmente somos, o que de facto nos apaixona fazer e a encontrar o nosso propósito. Será que é para isso que estamos vivos, encontrar um significado, um sentido, na vida pessoal e profissional?
“Procura um trabalho que te apaixona e nunca mais precisas de trabalhar.” Esta frase convida-nos à seguinte questão: Será que quando estamos apaixonados pelo nosso trabalho, seja ele por nossa conta , ou por conta de outro estamos a fazer a diferença em nós de modo a criar uma vida melhor para nós próprios, para a nossa empresa, para a nossa comunidade e principalmente para a nossa família?!
Todos temos o poder de escolher um rumo com significado, rumo este que integra a vida pessoal e profissional, escolhas estas que marcam uma diferença que perduram. É quando fazemos a diferença que descobrimos os recursos as ferramentas para criar algo que vai para além de nós próprios, criar algo que é maior que nós próprios, algo que deixa um legado útil e rico para além da nossa própria existência, seja na família, seja numa organização. Um excelente exemplo: Steve Jobs e a Apple. Mas mais do que o que esta gerou é a mensagem pessoal que fica do mesmo: Cada um de nós intrinsecamente contém dentro de si a capacidade de viver uma vida extraordinária, de criar algo extraordinário no seu trabalho, na sua vida profissional.
Quando falamos em vida profissional, falamos em quê e do quê: Das minhas competências técnicas, do contributo que dou no desempenho das minhas funções para os resultados da empresa ou estamos a falar também da preservação da nossa identidade pessoal, da nossa capacidade de auto renovação? Do como posso continuar a Ser eu neste mundo profissional tão exigente? Da forma como posso atribuir um significado à minha vida também pela área profissional? De como na minha vida profissional posso manter-me renovado, envolvido, ativo e motivado? Quais as consequências de se fazer o que não se gosta?
Em quantos momentos da nossa vida já nos vimos confrontados com a necessidade de mudar de trabalho, quantas vezes a rotina, a ausência de desenvolvimento, de crescimento deu origem àquela convicção apaixonada, persistente que é necessário mudar alguma coisa independentemente da maneira como os outros, a sociedade possam julgar essas nossas decisões? Quantas vezes o distanciamento dos nossos sonhos profissionais não nos permitiu soltar as nossas paixões, nos impediu de retirar dentro de nós próprios as nossas potencialidades?
O que nos impede? Medo! Medo de falhar, medo de não saber lidar com a frustração e também de ver rejeitadas as nossas ideias ou sonhos.
Pessoas bem sucedidas profissionalmente não dependem da aprovação alheia para ir atrás dos seus sonhos, das suas causas, vocações ou propósito. Tem a audácia de entrar em ação independentemente das pressões seja elas familiares ou sociais. Estão emocionalmente focados e empenhados numa comunicação e ações possibilitadoras.
Isto impede o erro, o falhanço? Obviamente que não. Se existe outra coisa em comum nestas, é que estas não ficam obcecadas pela derrota, não se desresponsabilizam, não atribuem culpas a terceiros quando as coisas correm mal. Responsabilizam-se. Estabelecem uma prioridade, identificar o que correu mal, aprender com isso e utilizar essa aprendizagem na próxima ação para melhorar a sua eficiência sem se desviarem do objetivo do resultado final.
Consideramos que entre outros existem 3 elementos fundamentais para realizarmos o nosso sonho profissional. Significado: Tudo o que fazemos deve ser profundamente importante para nós e quanto maior for o número de razões para o fazer mais bem sucedidos seremos, mais pessoas envolveremos. Definirmos igualmente o significado de sucesso, este difere de pessoa para pessoa. Se para uns pode ser dinheiro para outros pode ser estabelecer relações duradouras. Organização Mental: A forma como organizamos os nossos pensamentos pode fazer com que nos aproximemos ou nos afastemos daquilo que queremos profissionalmente. Quando organizamos os nossos pensamos de forma gerar valor, de forma a nos convidar à ação, de forma a nos mantermos focados as coisas acontecem, a preparação aumenta, as oportunidades são criadas, são aproveitadas apesar dos obstáculos, das complexidades ou distrações e tudo se torna um caminho sustentável para o seu trabalho para a sua vida. Organização da ação: Temos o significado, temos a organização mental agora falta tornar ambos em ações. Por vezes estagnamos nos dois primeiros e temos grandes dificuldades em concretizar pensamentos em ações, muitas vezes porque só tomamos a decisão de avançar se o cenário for perfeito e nos der a garantia que não iremos fracassar. Já sabemos que as coisas por vezes não são tao bonitas como as imaginámos, mas isto deve-se à transferência do pensamento para a ação, perde-se alguma da beleza da perfeição e do ideal. Avançar é a palavra chave, já alguém dizia: “Estejas preparado ou não avança.” Por vezes, faça-o só porque vale a pensa ser feito, nada pior que uma cabeça cheia de sonhos que não realizamos. Só experienciando nos preparamos. Compromisso, alinhamento e congruência são fatores determinantes para qualquer novo começo.
Quando nos recusamos fazer algo que sonhamos, algo em que acreditamos o que nos acontece?
FORMADOR DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL
www.pedroruicarvalho.com
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in REVISTA PROGREDIR | OUTUBRO 2015
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