in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2025
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Mas antes de se estruturar o orçamento, é preciso definir o que pretende alcançar: poupar, investir ou suprimir despesas.
Perguntas:
- Qual é o total para o mês?
- Quanto é preciso gastar: pagar contas/outras despesas?
- Quanto sobra/consegue poupar?
- Consegue investir?
Ou seja, existe um ideal ou objetivo realizável e depois existe o suporte financeiro desse objetivo.
Será capaz de gerir um orçamento apenas com o dinheiro que possui para despender durante o período de tempo necessário, ou é importante a paixão para alimentar a alma desse mesmo orçamento?
A questão é que ninguém é inteiramente feliz a pagar, somente as suas contas mensais. É necessário criar outra estrutura paralela para suportar essa “obrigação”, porque trata-se de uma obrigação e depois há que nutrir as nossas necessidades, sejam elas pontuais, espontâneas ou esporádicas.
O que é um orçamento?
É uma ferramenta que garante, segundo a sua execução que se faça frente aos pagamentos de todas as despesas, interpretando como gasta e onde gasta o seu dinheiro. Podendo assim, seguir um plano e conseguir poupar no final do período definido, vamos imaginar que seja mensal.
O maior erro é pensar que por se ter um baixo rendimento, imaginemos que seja o ordenado mínimo, não se deve construir um plano/orçamento porque não há forma de poupar. A questão é esta: independentemente do valor mensal, é importante aprender a gerir a quantia e saber para onde vai o seu dinheiro.
Trata-se de um guia orientador para delinear metas:
Primeira meta é gerir as despesas, aquilo ao qual não se pode fugir: as obrigações.
Segunda meta, poupar mediante o que sobra após esses pagamentos.
Terceira meta, investir seja em instrumentos financeiros ou outros bens ou produtos que sejam rentáveis.
Quarta meta, desfrutar desse investimento e poupança.
Ao visionar estas metas, podemos alimentar o nosso orçamento com alma, pois retiraremos dividendos da mesma.
O orçamento é a melhor arma que tem para se precaver para o futuro e preparar-se para imprevistos.
É necessário criar um equilíbrio entre o que é a nossa obrigação e aquilo que desejamos, é aqui que reside a diferença entre o viver para pagar contas e ir sobrevivendo, e viver para cumprir sonhos e objetivos.
Aquilo que une e mantem este equilíbrio é a motivação que tem de ser trabalhada ao minuto. Esta vai conduzir ao resultado final e depois vai ajudar no ajuste e na manutenção dos objetivos/sonhos.
Infelizmente, mediante cenários de crise, surgem as preocupações relacionadas com a gestão financeira, que acaba por arruinar o desejo inicial e corromper a motivação que conduzia este mesmo sonho.
Primeiro é necessário entender que existem vários fatores que apoiam o sucesso de um orçamento: a autogestão das necessidades e obrigações; o propósito do próprio orçamento; a motivação e o foco durante a concretização do plano orçamental; o ganho final: era mesmo isto que se desejava?
Então, é necessário conhecer-se primeiro a própria realidade para depois trabalhar na sua motivação, no seu propósito e depois da sua capacidade de gestão e estabilidade financeira.
O que ocorre muitas vezes é que quando os efeitos colaterais de uma má gestão financeira surgem, a estrutura do orçamento já se alterou, afetando a motivação, os gastos desmedidos.
Como construir um orçamento?
Escolhi 5 passos para se manter a alma do orçamento e obter sucesso, minimizando os riscos:
1- Registar fontes de rendimento fixas
Quais/quantos: Listar numa tabela, quanto ganha e quais são as fontes de rendimento conhecidas.
2- Listar despesas fixas e variáveis
Despesas que se repetem regularmente, valores fixos ou variáveis. Na mesma tabela, devem ser contemplados estes valores e somados ou subtraídos ao valor de rendimento inicial. Ao contrário das despesas fixas, as variáveis são compras e aquisições únicas ou pontuais.
3- Validação intermédia
Ao somar as despesas totais, subtraindo ao rendimento total, deve ser verificado se sobra ou não algum valor.
Vamos supor que sobra: aplica o valor num depósito a prazo por exemplo, ou noutro tipo de investimento com lucros garantidos.
Se não sobra o suficiente para este efeito: é necessário/possível fazer ajustes nas despesas variáveis? Há possibilidade de evitar um gasto supérfluo?
Se for inviável fazer ajustes, é deixar o orçamento como está, tentar fazer o mesmo no(s) próximo(s), até encontrar o equilíbrio desejado.
4- Poupança/Investimento
O sucesso dos orçamentos bem geridos, é conseguir realizar a poupança desejada, seja para atingir um objetivo maior ou não.
Existem inúmeras soluções de poupança tais como PPR/Certificados de aforro/depósitos estruturados, fundos de investimento, etc.
Depende do perfil de investidor de cada um.
Até poderá nem passar por investir e pretender apenas poupar sem auxílio de uma instituição financeira.
5- Não ter medo de falhar
Por vezes aprendemos muito mais com os erros, por isso é bom saber dar o salto de fé.
A melhor forma de assegurar o bem-estar pessoal é criar um plano de ação por escrito, definir metas, recursos existentes, recursos necessários, definir um sistema de apoio alternativo, criar e manter a motivação pessoal. Sobretudo definir qual o propósito de uma poupança através de um orçamento com base nos nossos valores pessoais. É necessária na dedicação e conhecimento e nunca descartar a possibilidade de melhorar com formação, garantindo uma evolução constante com mudanças suficientes para alcançar os nossos sonhos.
LIFE COACH, FORMADORA DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL, ESCRITORA
sandrapereiracoaching.blogspot.com/
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