Por Patrícia Pessoa
in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Todos nós procrastinamos. Adiamos tarefas, importantes ou não. Deixamos para outro dia obrigações aborrecidas. Empurramos com a barriga situações com prazo determinado e outras que não têm prazo, mas precisam de solução. Por si só, a procrastinação não tem nada de anormal. Mesmo aqueles que amam o que fazem, por vezes preferem deixar o trabalho para depois.
Mas o que torna a procrastinação um problema?
Consideramos um problema, uma atitude, comportamento, pensamento ou sentimento que gera sofrimento ou conflito. Protelar a realização de uma tarefa que precisa de ser concluída pode trazer ansiedade e frustração. O tempo passa e a pessoa sente-se culpada e angustiada, muitas vezes sem compreender o que a leva a tal procedimento.
As causas deste comportamento podem ser as mais diversas, desde distrações mais interessantes, como passar o tempo na internet, por exemplo, até situações complexas, como medo de falhar, insatisfação com a vida, depressão. E é nestes casos que a terapia mostra-se fundamental, pois o sintoma sempre tem algo a nos dizer.
De um modo geral, o primeiro passo para a solução de um problema é tomar consciência dele, ou seja, reconhecê-lo como problema. Adiar atividades corriqueiras ou complexas que poderíamos resolver em algumas horas, protelar compromissos inevitáveis, são atitudes que, se transformadas em hábitos, podem provocar muito sofrimento para nós e para os que convivem connosco.
“Só aquilo que somos realmente tem o poder de nos curar.” Jung
Algumas sugestões para amenizar a procrastinação:
- dividir uma tarefa grande em partes pequenas, de modo a criar a sensação de que a realizamos em menos tempo;
- definir metas realistas. Não adianta criar expetativas que não serão cumpridas;
- descobrir em que momento do dia pode ser mais fácil realizar as tarefas.
Não devemos esquecer, porém, de tratar do essencial, que o alvo fundamental é dar sentido profundo ao que fazemos e, ao que somos. Apenas o autoconhecimento traz o encontro com nossa alma e, por extensão, a verdadeira alegria de viver.
PSICÓLOGA
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in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2018
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