Por Carmen Krystal
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Já sabemos que a plenitude só se alcança se estivermos inteiros connosco mesmos.
Um relacionamento prazeroso é aquele que é equilibrado, saudável, com respeito pela individualidade de cada um e espaço para cada um se manifestar como é, mas também tem de ter aventura, ousadia e coragem de fazer diferente. Prazer no relacionamento vai existir sempre que cada um souber o seu lugar, respeitar-se a si mesmo, seguir o melhor de si, ao mesmo tempo que escuta o outro, sente o outro e lhe tenta proporcionar a melhor satisfação das suas necessidades e dos seus gostos, a cada oportunidade. Isto não é a mesma coisa que fazer tudo o que o outro quer. O Prazer é uma sensação de leveza, felicidade, alegria e paz. Quando há uma vontade extrema de uma das partes de ser satisfeita pela outra, ou ter uma necessidade extrema de agradar a outra, aí estamos a falar de dependências que geram controlo e cobranças. Muito diferente do prazer.
Num relacionamento, principalmente no início, a forte tendência é sentirmo-nos inteiros com o outro. Nada mais errado. No início funciona, porque “o tico e o teco” estão ludibriados pelo estado hormonal apaixonado e tudo parece perfeito, mas, quando a realidade começar a mostrar que o caminho a seguir tem de ser outro, embora possa e deva ser apaixonado na mesma, às vezes, as coisas complicam-se. Muitas vezes, há emoções que tomam um lugar que “não é delas” e nos controlam as ações mesmo que a nossa mente nos diga o contrário. É preciso não perder a individualidade no relacionamento para que a satisfação e o prazer imperem. É preciso escolher constantemente procurar as ações, atividades e manifestações de afeto que nos proporcionem a leveza, felicidade, alegria e paz. Tudo o que for pesado, tudo o que nos deixar desconfortáveis, irritados, com uma sensação de controlo ou de ser controlados, não combina com prazer e bem-estar.
É preciso não ter medo. É preciso arriscar e entregarmo-nos também a sentir prazer com o que escolhemos e fazemos e com o que o outro nos proporciona a cada momento. Às vezes há dúvidas do que realmente queremos e gostamos na relação. Numa série de televisão portuguesa, ouvi há tempos um conselho a um rapaz, que me parece muito apropriado também para a busca do prazer: o rapaz estava com dúvidas sobre assumir ou não uma relação (a rapariga estava grávida) e uma amiga perguntou: “1 – consegues ser a melhor versão de ti próprio quando estás com ela? 2 – pode não ser o melhor mas o sexo é bom?” Ele respondeu afirmativamente às duas questões com um sorriso de orelha a orelha... medo? Tinha muito. Um caminho aberto à felicidade dependente apenas da coragem de escolher ser feliz? Com certeza!
Escutar e sentir o outro é muito importante. Saber partilhar o que sentimos e gostamos também. A comunicação num relacionamento tem de ser clara e fluida para que o prazer seja mais facilmente alcançado. Mal-entendidos e situações ou emoções mal resolvidas num relacionamento são inimigos do prazer. Quando gosta dos sapatos dela, diga-lhe. Quando lhe apetece fazer algo mais ousado não sinta vergonha de o manifestar, o seu parceiro vai agradecer. O não estará sempre garantido, o sim só sabe se tentar. Se algo o/a magoou não guarde à espera do momento de se vingar. Fale sobre o que sentiu com a ação do outro e permita ao outro conhece-lo melhor na sua sensibilidade. É preciso estar sempre aberto/a ao que pode vir do seu parceiro/a. Não tenha ideias fixas de que algo tem de ser à sua maneira e, se não for, amua. Mente aberta e espírito livre são os melhores amigos dos bons momentos.
E não tenha dúvidas que o maior prazer também se sente no momento em que escolhemos proporcionar prazer ao outro. Quando escolhemos dar o nosso melhor, seja no carinho, seja na partilha e amizade, seja até no sexo, cada momento vivido como se fosse o último tem uma magia diferente.
Aplicando aos relacionamentos a questão que Marco Meireles partilhou no seu livro Esqueça Tudo O Que Sabe, e que coloca a si mesmo todos os dias ao planear o dia seguinte, acredito que muita coisa mudará na forma como planeia o dia-a-dia da sua relação. A questão é: “Se amanhã for o meu último dia de vida, quero mesmo fazer o que estou a agendar? ” Pois bem, quando pensa em bons momentos com o seu/sua parceiro/a são mesmo essas ideias que quer realizar? Se a resposta for sim, ouse, aventure-se. Se a resposta for não, então repense e mude alguma coisa, até a si mesmo/a se necessário. Pode ir mais além? Pode ser/fazer diferente? A vida são dois dias e um já passou e foi o mau, portanto aproveite que o melhor ainda estará para vir.
Aquela velha frase “muda e o mundo muda contigo” aplica-se a tudo, portanto não se iniba de mudar o que for preciso para alcançar o prazer em cada momento do dia-a-dia na sua relação, procurando sempre combinação do melhor dos dois para o atingir.
TERAPEUTA DE REFLEXOLOGIA, MASSAGEM, DRENAGEM LINFÁTICA,
REIKI, TERAPIA ENERGÉTICA INTEGRADA E ASTROLOGIA
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