Por Carmen Krystal
in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Sabemos, porém, que tudo o que se passa na nossa vida, reflete, em boa medida, muito ou tudo do que se passa no nosso interior. Direcionando para os relacionamentos, podemos dizer que o tipo de relacionamentos que temos nas várias áreas da nossa vida, depende, de vários fatores intrínsecos a nós mesmos, como por exemplo: a forma como nos colocamos nos relacionamentos, a forma como avaliamos e estabelecemos a nossa conexão/ligação com outro, como nos expressamos e comunicamos com o outro, assim como, a forma como recebemos e interpretamos a informação que nos chega do outro. Isto porque não somos só seres emissores, mas também seres recetores e, isto é válido quer na primeira impressão e contacto que temos, quer nos vários contextos que vão proporcionando a construção da ligação/relação.
No entanto, muitas vezes, esquecemo-nos que tudo o que acontece dentro de nós, também acontece no outro. Assim como temos os nossos filtros e perceção da realidade, objetivos, gostos, interesses e crenças, também o outro tem os seus objetivos e interesses, o seu sistema de crenças e a sua própria realidade. Como diz Marco Meireles no seu livro Esqueça Tudo O Que Sabe, “muitas vezes, pensamos na comunicação como um processo de uma única via.”
A base dos relacionamentos está na comunicação e na capacidade de gerar empatia. E teremos tão melhores relacionamentos quanto mais estas capacidades estiverem bem desenvolvidas em nós como indivíduos. Só assim se conseguem gerar relações de confiança, respeito e harmonia entre os seres.
Falando agora da Plenitude, podemos defini-la como um estado de completude, isto é, a condição daquilo que é completo, inteiro, sem espaço.
Estar completo significa estar totalmente preenchido. E no contexto da existência humana, estar totalmente preenchido, significa estar em conexão integral com o ser interior, viver em equilíbrio consigo mesmo em qualquer situação que aconteça, viver em honestidade emocional e respeitar o seu sentir, não permitindo que nada nem ninguém adultere ou interfira na sua integridade e sensibilidade para consigo mesmo e para com a vida que construiu em seu redor. Sabemos que a perfeição não existe, o que existe é a busca constante para atingir o estado que nos devolve essa sensação de perfeição e plenitude a cada momento. E isto mais acontece quanto mais nos permitirmos viver em busca do melhor de nós.
Juntando estes dois conceitos podemos dizer que um relacionamento em plenitude é uma ligação entre seres completos, que se reconhecem na sua essência como indivíduos independentes, que geram empatia entre si, com capacidade de se cativar, de comunicar e se relacionar com o outro no melhor de si mesmos, estabelecendo relações de partilha, harmonia, respeito e confiança mútuos.
Aquilo que realmente nos faz gostar de alguém, é a sensação boa de conforto e satisfação que essa pessoa transmite e nos faz sentir dentro de nós. É aquilo que de bom ela traz à nossa vida e a forma como desperta e alimenta o melhor de nós. Como afirmou Rolando Toro, criador da Biodanza: “É no encontro com o outro que recebo notícias de mim.”
Quando não conseguimos atingir estes estados por nós mesmos, quando há carências ou dependências emocionais, abre-se um espaço vazio no nosso interior que, consciente ou inconscientemente, aguardamos que venha a ser preenchido por alguém. Quando chega esse alguém que nos faz sentir plenos, completos, sem espaço vazio, automaticamente assumimos que queremos essa pessoa na nossa vida. Mas na verdade, o que queremos é sentir, sempre, o bem-estar que ela desperta e promove em nós, que nos devolve essa sensação de completude. No fundo, essa pessoa veio despertar em nós, aquilo que devemos alimentar por nós mesmos.
Se aprendermos a lidarmos com essa satisfação sabendo que é nossa, vamos aprender a alimentá-la sem que o outro esteja na nossa vida. Sem depender do outro. Quem vive pleno não depende. Quem vive pleno, partilha. Este é o segredo da plenitude. O outro nunca tem a responsabilidade de tapar ou preencher aquilo que é um vazio pessoal e interior. Quanto muito pode abrir um caminho e ajudar nesse preenchimento com o que traz de bom, mas a responsabilidade desse preenchimento é de cada um de nós, e conseguimo-lo ao alimentar as emoções positivas e os estados de gratidão que vamos alcançando.
Como me disse alguém muito especial: “Nós nascemos livres e morremos livres. Não somos de ninguém e devemos respeitar os ideais dos outros para que sejamos respeitados.” E penso que isto é completamente espelhado na frase que ouvi há dias na rubrica “Vale a pena pensar nisto” da RFM: "Entre mim e ti há 3 caminhos: o meu, o teu e o nosso. E podemos viver os três como cordas entrelaçadas..." E isto é a Plenitude nos relacionamentos.
TERAPEUTA DE REFLEXOLOGIA, MASSAGEM, DRENAGEM LINFÁTICA, REIKI, LIMPEZA ESPIRITUAL E ASTROLOGIA
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in REVISTA PROGREDIR | MARÇO 2017
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