
Por Jorge Boim
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Cenário 1:
Imagine que vai a caminho do trabalho e, de repente, depara-se com um enorme engarrafamento. Trânsito completamente parado. Começa a ver o tempo a passar e percebe que já não conseguirá chegar a horas ao trabalho. Começa a sentir aquela irritação a crescer dentro de si, mas… nada há que possa fazer para alterar o estado das coisas, que faça o carro da frente avançar ou que faça o tempo parar. E a irritação cresce ainda mais.
Cenário 2:
Está a colocar em prática um projeto que lhe dará total realização pessoal e profissional, no entanto, ficaram de lhe dar uma resposta que irá fazer com que tudo ande sobre rodas. E essa resposta demora a aparecer, apesar de já ter passado o dia que lhe indicaram para tal. Começa a ficar impaciente e, até, a duvidar se a resposta virá ou não, se deve ou não insistir com a pessoa. A impaciência torna-se irritação e a resposta continua sem chegar.
Em ambos os casos, pode tomar uma decisão: deixar-se levar pela impaciência ou, ativamente, Ser paciente.
Ao contrário do que pode pensar, a passividade na paciência é nada fazer para a aumentar, para a colocar na prática, é ceder ao nível de paciência de cada momento deixando-se levar por eventuais momentos de irritação.
A paciência também se trabalha, seja através da meditação, seja através da nossa mente consciente perguntando, em cada momento: O que posso fazer para mudar a situação?
Nos cenários indicados em cima, as opções diferem. No Cenário 1 dificilmente conseguiria mudar a situação, pelo que poderá optar por perguntar: irritar-me vai fazer o trânsito andar mais depressa? Naturalmente, não vai. Esta, só por si, já é razão suficiente para respirar fundo, colocar o rádio numa estação que goste e que, de preferência, ajude a rir, e simplesmente esperar pela resolução do problema. Sim, também poderá ligar para o trabalho a dizer que chegará tarde.
No Cenário 2, o foco estará mais na ação propriamente dita, pelo que seria uma abordagem diferente. Fazendo a mesma pergunta, “O que posso fazer ara mudar a situação?”, as respostas poderão ser várias, poderá encontrar um caminho que pode percorrer e, de seguida, poderá decidir se quer ou não percorrer esse caminho.
Em qualquer dos casos, tem sempre uma escolha: optar pela Passividade e nada fazer ou optar pela Atividade e agir sobre a Paciência, aumentando-a.
Sendo ambas escolhas legítimas, é importante reforçar que, deixar-se levar pela irritação ou impaciência, pode originar a criação de um bloqueio energético no seu organismo que, em última instância, poderá potenciar o aparecimento de alguma patologia física. Por outro lado, potenciar a Paciência de forma activa irá melhorar a energia, a vibração do seu corpo, ajudando a mantê-lo saudável. Bem, corpo e mente, claro, já que ambos beneficiam com esta atitude proativa.
Mantenha atenção no seu estado de espírito e na sua paciência, em cada momento do dia e, conforme as situações lhe aparece e repara na impaciência a crescer, vá perguntando o que pode fazer para mudar a situação. Não muda a situação, muda a forma como age sobre ela.
Não costuma meditar? Não tem problema, comece. 5 minutos por dia. Basta sentar-se confortavelmente, colocar uma música tranquila (músicas para meditar arranjam-se com muita facilidade, hoje em dia), feche os olhos e respire profundamente. Irá sentir o seu corpo a descontrair e a paciência a crescer.
Agora é só tomar a decisão, por mãos à obra, e avançar pacientemente pelo caminho.
Bom trabalho e… paciência. Muita paciência.

SPORTS MENTAL COACH, HIPNOTERAPEUTA
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in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2017
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