Por Júlio Barroco
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Se já leu outros artigos da publicação onde encontrou e está a ler este, então pode já se ter deparado com formulações semelhantes à da citação anterior (que sintetiza bem a teoria proposta pela sua autora na referida obra). Parece existir uma relação clara entre qualquer tipo de vitória, uma intenção ou propósito claro e desenvolvido de a alcançar, e procedimentos que suportam um caminho de concretização disso.
É consensual que vivemos tempos de mudança acelerada, com desafios múltiplos e numa escala tanto global como local. Tempos estes que, mais do que convidar, podem “empurrar-nos”. Vivemos tempos que nos pedem que tenhamos a flexibilidade e capacidade de ajuste que edita – ou redefine profundamente - o que queremos para a nossa vida e para o que ela contribui para o todo.
O que é “vencer nas finanças” para si? Como define o ponto em que se encontra neste momento face a essa definição? Tem uma visão clara da vitória que pretende alcançar?
São perguntas típicas, como saberá se é leitor assíduo deste tipo de conteúdos, em linha com a teoria das finanças pessoais e na intersecção do tema desta edição da publicação para a qual escrevo. E são perguntas importantes.
Acontece que, por si só, podem ou não ser o que precisa. Podem ou não tocar nos “ângulos mortos” da sua perceção acerca do que realmente importa na sua vida e para o qual o dinheiro deve servir de veículo e não como destino. Porque, não nos esqueçamos: o dinheiro é, por definição e cada vez mais, um meio de troca sem valor intrínseco (é uma tendência histórica com milénios, a de que o seu valor tem cada vez menos a ver com o material em circulação – que hoje é cada vez mais literalmente luz a fluir nos sistemas eletrónicos que usamos).
É fundamental um nível base de literacia financeira para tomarmos decisões conscientes e intencionais e gerar os resultados que desejamos, nos devidos horizontes. E, felizmente, há uma consciência cada vez mais ampla disso: existem cada vez mais fontes de aprendizagem, gratuitas ou a baixo custo – basta pesquisar num motor de busca ou numa rede social para encontrar uma avalanche de informação, ou percorrer as estantes das secções de finanças pessoais e desenvolvimento pessoal de uma livraria.
Na génese, estamos a falar de valores. De valorização, em sentido lato. De escolhas assentes nessa base. Do que se deve tornar real para nós a partir das representações, visíveis e invisíveis que fazemos e protagonizamos nas nossas vidas.
O que é que este veículo de energia, de sustentação de todos nós em termos concretos “mundanos” na civilização contemporânea em que vivemos, contribui para o que nos torna realmente humanos e nos distingue de tudo o mais? Como é que o dinheiro nos aproxima ou afasta dos caminhos que dão “tempo de antena” ao nosso melhor? Que modelos, organizações e sistemas geramos e sustentamos com as nossas escolhas?
B-Corp. Integrated Reporting. Six Capitals. Já ouviu falar em algum destes temas? Mais até do que as famosas criptomoedas e tecnologias blockchain dos holofotes da inovação financeira de base tecnológica dos últimos tempos, estou convencido que várias das mudanças estruturais mais significativas das próximas décadas virão da transformação das definições das organizações e dos modelos de relato financeiro que lhes estão na base para a qual os termos anteriores apontam. E numa tendência já bem clara de longo alcance de transparência, ubiquidade de acesso e novas possibilidades para todos os que querem que as suas finanças reflitam os valores de respeito pelos demais, incluindo a vida do planeta.
São já aquilo que lhe irá colocar mais dinheiro no bolso amanhã, neste ou no próximo ano? Talvez não. Mas, se está a ler estas palavras e lhe faz sentido: pode ser aquilo que lhe trará outro tipo de vitória.
Se quiser aproveitar as férias para saber mais e quiser boas fontes a respeito, pode enviar-me mensagem por email e partilharei com todo o gosto.
Da mesma forma que os desafios se elevam, eleva-se a nossa capacidade de os superar. As iniciativas de inovação económica e financeira multiplicam-se. Que assim possa ser com a nossa disposição para as conhecer, ponderar e integrar nas nossas vitórias, atuais e vindouras, em plena adesão ao nosso melhor.
"Entende quem és, como o fazes, o que te torna bem sucedido, e depois não tentes ser algo que não és." (Don Scales, CEO, Investis, citado em How Clients Buy, página 218).
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