in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2021
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Há um violento estímulo ao ser humano, que o puxa para fora de si e o distrai da sua verdadeira natureza.
O que podemos nós fazer para nos adaptarmos aos desafios do mundo moderno? Como levar uma vida saudável num mundo doente?
E a saúde, o que é na realidade?
A saúde não é apenas o bem-estar físico ou emocional e mental. A saúde diz também respeito ao equilíbrio social e do indivíduo com o ambiente, pois estes interferem de forma objetiva e subjetiva com a sua condição.
Nos dias que correm, tudo parece ir contra o princípio do “equilíbrio”, do “meio-termo”. Vivemos uma era de excessos, exageros e extremos. É também por essa razão que a civilização contemporânea se apresenta com graves sinais de doença (elevado número de depressões e outras doenças crónicas, taxa de suicídio, violência, criminalidade, etc).
Mas será tudo isto inevitável?
Muito do que acontece na sua vida é da sua responsabilidade, mas há também uma parte importante que não poderá nunca controlar, e ainda bem!
O ser humano é a sua natureza, mas também é fruto das suas circunstâncias.
É por isso inteligente que este se adapte às circunstâncias que o envolvem e que se concentre no trabalho em Si mesmo, o que hoje chamamos vulgarmente de auto desenvolvimento.
O que é que não controlamos? A atitude de terceiros, o clima, a qualidade do ambiente, o nosso ambiente familiar, o futuro, a progressão na carreira, o reconhecimento por parte dos outros, a justiça, etc.
O que controlamos? A forma como lidamos com tudo o que nos rodeia, as nossas decisões são da nossa responsabilidade e permitem muitas vezes mudar o rumo das nossas vidas. Podemos escolher comer comida de qualidade, escolhermos as pessoas com quem convivemos, podemos escolher o que fazer nos nossos tempos livres, a forma como lidamos com os outros, etc…
O que é que isto tem a ver com saúde? TUDO!
Saúde é um estado de equilíbrio psico-emocional e físico, mas também da relação do indivíduo com o meio envolvente. Portanto, é impossível alguém considerar-se saudável quando vive uma vida de constante agressão emocional, ou num estado depressivo, ou sedentário… Até porque hoje já todos sabemos que a relação psico-somática não é uma teoria, mas sim uma evidência científica. É também doentio o indivíduo que vive à margem da comunidade, que vive unicamente por si e para si.
Dito isto, é fundamental que este desafio moderno seja abraçado com a certeza de que pode ser ultrapassado. Nem todo o mal será eliminado, mas muitos são os aspetos que podem ser contornados.
Para se procurar a saúde tem, em primeiro lugar, de se identificar o estado atual. Por isso devemos procurar o autoconhecimento ou consciência, antes de se falar no dito auto desenvolvimento. Primeiro há que olhar para dentro e explorar… Ver e sentir sem qualquer preconceito nem medo do que se possa vir a encontrar. Depois deste trabalho exaustivo de investigação irão ser identificados vários aspetos que precisam ser alterados transformados.
Mas como? Após a identificação, há que definir uma estratégia para passarmos do estado doentio para o estado saudável Apenas e só quando a estratégia está definida se pode começar o tal processo de “auto desenvolvimento”.
Para que a saúde possa ser uma certeza, num mundo caótico, o indivíduo precisa viver de forma bem estruturada e ciente do seu propósito individual e social. Precisa também saber lidar com as agressões externas de forma a que não o afectem e também tentando diminuir ou eliminar as mesmas. O ser humano com H é aquele que transcende a sua condição animal e abraça a sua condição espiritual e em que o bem comum equivale ao seu bem individual.
Mas podemos discriminar as coisas de uma outra forma…
Podemos obter saúde física através de exercício regular e equilibrado.
Podemos consolidar e aprofundar essa mesma saúde com uma alimentação de qualidade e variada, desprovida de excessos.
Podemos obter saúde emocional através de um sono reparador e do equilíbrio nas relações humanas.
Podemos obter saúde mental através da gestão cuidadosa de estímulos e do nosso ego.
Podemos atingir a paz interior através da compaixão pelos outros, tornando-nos úteis à comunidade.
Valerá a pena pensar assim de forma sectorizada? Seja como for, é fundamental que cada um de nós se capacite que o mundo de hoje é muito exigente e que é, cada vez mais importante, cuidarmos de nós.
A saúde na atualidade deve ser vivida de forma profunda e integral não desprezando nenhuma das valências humanas.
FORMADO EM NATUROPATIA COM ESPECIALIZAÇÃO EM ACUPUNCTURA ESTUDO, PRÁTICA E ENSINO DO TAIJI E QI GONG
www.clinicadaojia.pt
[email protected]
in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2021
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)