Por Luísa Vaz Tavares
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2013
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Uma pessoa feliz não faz a sua felicidade depender dos outros, não se deixa dominar por sentimentos negativos, não cultiva ressentimentos nem situações que lhe causam ansiedade, depressão ou stress. Para quê, desperdiçar, com revoltas, o tempo que pode ser ocupado com as coisas boas da vida?
Ser gentil, tratar os outros com dignidade e respeito permite construir relacionamentos mais fortes e duradoiros. Praticar o bem, ser solidário, provoca satisfação e bem-estar. Porque a lei do retorno existe e está constantemente em execução. Ninguém é uma ilha e cultivar relacionamentos saudáveis é fundamental para o bem-estar do espírito.
Fazer de cada problema um desafio, uma oportunidade de superação, uma aprendizagem para fazer mais e melhor, torna-nos mais fortes e seguros. E pessoas mais seguras de si próprias são mais felizes. Não vale a pena ver os problemas como desvantagens, eles têm que ser resolvidos e se concentrarmos as energias na sua resolução mais facilmente eles desaparecem.
Valorizar aquilo que se tem dá um sentido mais profundo de plenitude. Embora o desejo de querer mais e melhor seja legítimo, esse desejo nunca deve ser uma ansiedade mas sim um estímulo para ir mais além. Sonhar, projetar, em grande, prepara a mente para uma atitude positiva, mas com a consciência da importância do que já se tem. Se há coisas pequenas que são importantes, há outras que não merecem a mínima atenção, por isso há que saber filtrar o que realmente importa.
Saber ver nos outros o melhor que eles têm leva-nos a pensar positivo, sem ter necessidade de julgar. Procurar características negativas gera negativismo. Ninguém é culpado dos erros de ninguém, assumir os próprios erros ajuda a caminhar para melhorar. Cada ser humano é uno e tem o seu próprio caminho a percorrer, as comparações são sempre injustas e levam a sentimentos de superioridade ou inferioridade que impedem o progresso. Cada pessoa deve seguir o seu próprio caminho, construi-lo à sua medida, sem procurar a aprovação dos outros. Deve ouvir, trocar opiniões, aconselhar-se, mas tirar as suas próprias conclusões e fazê-las prevalecer.
Cada pessoa deve procurar ter pleno conhecimento de si mesma, gostar de si e sentir-se bem na sua própria companhia. Estar em silêncio sem que isso a incomode e conhecer os próprios limites. Deve exercitar a mente e também o corpo. A frase feita “mente sã em corpo são” é absolutamente certa.
Se é verdade que o passado foi importante para a construção daquilo que somos hoje, também não é menos verdade que é uma realidade já passada, por isso há que viver plenamente o presente, com a consciência do papel do passado mas valorizando acima de tudo o presente.
Viver com o que é necessário e dá conforto, mas dispensar o que não faz falta. Os excessos incomodam, como tal, cada um deve ter consciência do que precisa e do que o sobrecarrega. Deve viver com a sua realidade e não abdicar da sua verdade.
Ter consciência daquilo que depende, ou não de nós é também um caminho para a felicidade. Adaptando-nos ao que não pode ser mudado e empenhando-nos no que podemos mudar.
Acima de tudo, a felicidade depende das escolhas que ao longo da vida se vão fazendo. Sendo que o objetivo não é a meta mas sim o percurso que se vai fazendo a cada momento. A felicidade não é um estado absoluto e imutável, a felicidade é uma construção contínua ao longo da vida.