in REVISTA PROGREDIR | JANEIRO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
É neste sentido que o voluntariado é uma ação que, além de útil, se torna extremamente necessária. De acordo com o dicionário de língua portuguesa da Porto Editora, voluntário é, entre outras definições relacionadas, a “pessoa que se compromete a cumprir determinada tarefa ou função sem ser obrigada a isso”.
É preciso não confundir a missão e o que o leva a voluntariar-se para determinada ação. Há pessoas que praticam o voluntariado para se sentirem bem consigo próprias, para alimentar o seu Ego ou para limparem a sua consciência de atos e pensamentos menos positivos. Ajudar os outros através do voluntariado diz muito sobre si, permite-lhe conhecer-se melhor e pode fazê-lo sentir-se bem, mas não tem nada a ver consigo e só com o outro. A entrega, a doação, a partilha e a esperança devem vir de si de forma incondicional, sem esperar nada em troca. Isso é altruísmo!
Vamos às opções:
• Na página do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado pode encontrar ações de voluntariado por concelho, tipo de atividade, público-alvo e bancos de voluntariado locais; existem iniciativas das mais simples às mais complexas; com toda a certeza que encontrará uma opção mais adequada às suas possibilidades;
• Pode inscrever-se como voluntário na Bolsa do Voluntariado, que funciona como uma plataforma de conexão entre projetos e voluntários; aqui existe muita escolha, veja como poderá contribuir de acordo com a sua missão;
• O Portal da Juventude tem muitos projetos de voluntariado mais direcionados para os jovens; é um ramo onde as iniciativas têm crescido bastante e os projetos são cada vez mais ambiciosos e exigentes; lembre-se que “de pequenino é que se torce o pepino”.
Além disto, tem inúmeras instituições, associações e projetos aos quais se pode associar. Basta que faça uma breve pesquisa e encontra tantas opções que o difícil vai ser escolher.
- Naturalmente, nem todos se identificam com o voluntariado ou querem praticá-lo de uma forma mais ativa e consistente e está tudo bem. Seria útil, no entanto, perceber que há sempre formas de ajudar quem mais precisa, sem que tenha que se comprometer de uma forma rígida ou despender de muito tempo e recursos. Basta que integre algumas ações na sua vida, como uma forma de estar e não como uma obrigação que lhe pesa e incomoda. Vamos a elas:
- Faça, com alguma regularidade, uma escolha aos seus pertences e doe; destralhar é revitalizador, ajuda-o a praticar o desapego e fará as delícias de quem mais precisa daquela camisola, daquele carrinho de brincar ou mesmo daquele utensílio de cozinha;
- Antes de ir às compra bata à porta daquele vizinho velhinho e pergunte se precisa de alguma coisa; quanto lhe trouxer as cebolas, peça para entrar, sente-se, tome um chá com ele e converse um pouco; não imagina a diferença que vai fazer na vida dessa pessoa solitária;
- Opte por passeios ao ar livre e passe, antes, pelo canil municipal ou por uma associação perto de si; traga um ou dois patudos para o acompanhar nessa aventura; vão ficar tão felizes por sair daquele cubículo onde vivem que o difícil vai ser gerir o seu entusiasmo;
- Faça reciclagem, tente gastar apenas o estritamente necessário e tenha uma vida minimalista; de nada serve ir para uma praia recolher lixo se, quando chega a casa, junta a casca de banana com o frasco de azeitonas; as pequenas ações do dia a dia fazem a diferença sim e essa é uma forma de ajudar o planeta sem que precise de se aliar a um movimento concreto;
- A cada ida ao supermercado compre um pacote de arroz, um saco de areia para gatos ou uma latinha de comida; defina um valor, como, por exemplo, 1€, e vá juntando um pequeno cestinho lá em casa; quando estiver preenchido faça uma excursão àquela instituição com a qual se identifica e doe os bens amealhados;
• Apadrinhe um menino ou um animal: existem diversas instituições que têm esta possibilidade e o processo é bem simples porque não implica grande logística; basta entrar em contacto, manifestar a sua intenção, contribuir mensalmente e, quando quiser e puder conhecer o seu afilhado, demonstre essa vontade e vá.
• Seja um doador regular de sangue: faz-se periodicamente, pelo que não perde muito tempo ou recursos e fará a diferença na vida de quem mais precisa quando mais precisa.
O que lhe parece? Não é difícil de concretizar, pois não? Estas são algumas hipóteses, mas, quando o espírito altruísta vive dentro de nós, o céu é o limite! Seja criativo e pense em novas formas de ajudar sem sair de casa, sem gastar dinheiro ou sem perder o seu precioso tempo. Faça um brainstorming sozinho ou acompanhado e espante-se com as possibilidades!
Transforme este tema num jogo, num objetivo ou numa missão, seja como for, estará a ajudar e a perspetiva correta para o encarar é aquela que lhe fizer mais sentido. No fim, cada pequeno passo contribui para um mundo melhor, por isso seja original, seja criativo e comece agora!
ESPECIALISTA EM TURISMO E LAZER: FORMADORA, MENTORA E COACH TURISMO HUMANIZADO: AS PESSOAS NO CENTRO
www.catiarodrigues.pt
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