in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Desde tempos imemoriais que os sonhos têm um papel importante para a humanidade. Na antiguidade acreditava-se que os sonhos traziam mensagens diretamente do divino, e via-se o sonho como uma mensagem importante, em especial para os povos primitivos. Era normalmente o Sacerdote que os interpretava, e dava à tribo a orientação consoante os sonhos descritos. Na antiga Grécia, acreditava-se que os sonhos eram mensagens e ordens diretas dos deuses do Olimpo. Sacerdotes ao interpretar os sonhos, chamavam-lhe oráculo e usavam altares específicos para o efeito, sendo um dos mais conhecidos o de Apolo, situado em Delfos. Em todas as civilizações mais antigas, a mesma crença era partilhada, e acreditava-se que quando se sonhava a alma saía do corpo e visitava mesmo os lugares com que se sonhava.
Hoje sabemos que o que sonhamos são basicamente ações reflexas das células do cérebro, que nos transmitem sensações, normalmente vividas ao longo do dia ou dos dias anteriores ou preocupações, receios ou desejos que temos no inconsciente. No entanto ainda hoje se acredita, que quando os sonhos são encadeados e nos provocam uma determinada sensação diferente de realidade ou insight, eles transmitem mensagens importantes que devemos analisar, e esta é uma opinião de muitos psicólogos e estudiosos.
Por exemplo, Freud acreditava que os sonhos expressavam as vontades do inconsciente, aquilo que o indivíduo gostaria de fazer ou ser, quando acordasse. Ele dividiu-o em duas classes, os sonhos latentes e os manifestos. Sendo que os primeiros significavam os desejos pessoais reconhecidos ou não, conscientemente e os segundos, eram aqueles em que quem sonhava fazia parte integrante do sonho como observador, onde participava ativamente ou era testemunha do que neles acontecia. Freud acreditava que estes últimos podiam mesmo significar um acontecimento futuro, funcionando como uma premonição ou um aviso.
Para os cientistas, a mente durante o sono, continua a funcionar, mas apenas num registo de vigília e as suas capacidades mentais são estimuladas livremente, acordando até partes ocultas do nosso cérebro e provocando os sonhos mais ou menos confusos.
Já para os físicos quânticos, quando sonhamos vivenciamos ondas de possibilidades no campo onde a continuidade do tempo e do espaço deixa de existir, como a conhecemos quando estamos acordados. Nesse caso, no universo da matéria, aquilo que vivemos depende da perceção e da decisão do observador. Acordados, acabamos por ser responsáveis e cocriadores não só do estado físico do planeta, como também da nossa própria realidade tornando-nos criadores.
A verdade é que quando não estamos completamente conscientes e cientes do que queremos da vida e quais os nossos sonhos para o futuro; quando nos encontramos perdidos no caminho, de certa forma estamos condenados a viver um sonho que não é o nosso.
Então, também no estado de vigília total, aquilo que sonhamos acaba por ter uma importância ainda maior. Se partirmos do princípio que o que se manifesta na nossa vida, são em última análise, consciente ou inconscientemente, os nossos maiores sonhos. Que neste caso se podem traduzir por, o que queremos nós da vida, e o que fazemos para o conseguir realizar. Que sonhos temos e como os estamos a manifestar? Somos o que pensamos, e alcançamos tudo onde colocamos o nosso maior foco.
Se o sonho quando dormimos, é apenas uma mensagem, ou mesmo um reflexo cerebral; os nossos sonhos acordados, os nossos maiores anseios são afinal a matéria de que a nossa vida é feita. A importância de estar alinhado com o Universo e perceber o nosso poder na realidade que experimentamos é imenso, será essencial para alcançar os nossos sonhos, especialmente de uma vida melhor. É fácil de perceber na prática. Quando se acorda de manhã a sentir que o dia vai correr mal, e mantemos aí o nosso foco, a verdade é que estamos a condicionar todas as possibilidades e a impedir que o dia possa correr bem.
Quando se aconselha o pensamento positivo, a meditação, para chegar ao silêncio mental onde as ondas se movem e habita o self, no fundo o que fazemos é alinhar-nos com a criação universal e trabalhar em conjunto com o Universo para chegar a um objetivo. Pois quando estamos mentalmente desalinhados, sem vontades nem sonhos para o futuro, sem sabermos o que queremos, o normal é que estejamos a viver infelizes, vazios e descontentes. Sem rumo, ou seja, sem poder na criação da nossa vida.
A consciência de si e a consciência de que estamos interligados no processo da construção da realidade universal, é essencial e mais facilmente alcançada pela prática da espiritualidade. Encontrar o seu centro, o seu alinhamento pessoal e a perfeita noção dos seus maiores sonhos e de como se aproximar deles fará toda a diferença no seu futuro. Mantenha os seus sonhos bem claros na sua mente, e crie a sua própria realidade.
TERAPEUTA / FORMADORA
site: carladuartetarot.wixsite.com/ tarotcarla
e-mail: [email protected]
in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)