
Por Ana Diniz
in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Estar em determinados ambientes, como o trabalho por exemplo, tornou-se uma montanha russa de emoções? Sonha em voltar a sentir-se tranquilo(a), estar feliz por si, pelo simples facto de ser e de estar?
A mudança faz parte da vida por isso tudo o que sente é natural. O ritmo da vida e os fatores que nos levam a alterar o centro da nossa atenção e a canalizar as nossas energias levam a que, de repente, nos sintamos diferentes. Parece que nos desencontrámos de nós próprios. Identifica-se? Tenho boas notícias para si! Tem uma qualidade dentro de si que, se bem desenvolvida, tornar-se-á libertadora.
Comece por estar atento(a) às suas reações, seja na alegria, felicidade, bondade ou na crítica,mal estar ou tristeza. É natural que se sinta mal perante uma crítica. Mas será que pode ficar atento(a) a esse sentimento de mal estar sem se perder nele? Perceber o que sente, como o sente e se há reflexos no seu corpo físico. De facto, com dedicação e vontade podemos desenvolver um estado de consciência sobre as nossas reações, sem nos deixarmos levar por ela. E podemos fazê-lo em qualquer lado.
Para conquistarmos uma liberdade interior autêntica temos que observar os nossos modelos de comportamento. Observar sem julgar, testemunhar apenas. Só assim surgirá a força libertadora: a compreensão. Tornando-nos conscientes da forma como cuidamos de nós, libertamo-nos da opinião dos outros. Vivenciamos o prazer sem nos apegarmos, tentando perdurá-lo.
Se for para si dificil fazê-lo sozinho procure um grupo de meditação e experimente. Ser guiado numa meditação não é mais que receber algumas orientações que o levam a desenvolver esta consciência. Ao silenciar a sua mente enquanto medita poderá não lhe agradar tudo aquilo que surge. Contudo, a disponibilidade em permanecer com o que está a acontecer é o que lhe trará libertação.
Pela prática da atenção tornamo-nos mais conscientes da impermanência inerente a qualquer emoção ou sentimento. Se tudo tem um efeito temporário, porquê deixar que nos afete de modo duradouro? Quanto mais orientado(a) estiver para encontrar o seu equillíbrio, em relação às condições que o(a) rodeiam, menos necessidade sentirá de se sentir percebido(a). Descobrirá uma paz que não depende de ninguém, uma serenidade de espírito a que se dá o nome de equanimidade.
Viver num estado equânime é viver um estado mental que não pode ser influenciado por preconceitos e preferências. É reagir de forma equilibrada entre alegria e tristeza, protegendo-se assim da agitação emocional. Este estado envolve um nível de imparcialidade que nos permite vivenciar pensamentos ou emoções desagradáveis sem reprimi-los, negá-los ou julgá-los, assim como ter experiências agradáveis sem sobrevalorizá-las ou tentar prolongá-las, o que contraria a tendência natural do Ser Humano. Isto não significa que nos tornemos ser passivos. Significa que temos um centro para onde canalizamos aquilo que não podemos modificar. Um centro onde equilibramos energia física, emocional, mental e espiritual. Esse centro é a sua equanimidade. Ele está dentro de si – encontre-o!

INSTRUTORA DE MEDITAÇÃO TRANSPESSOAL, FACILITADORA DE
MEDITAÇÃO INFANTIL – CRESCER A SER
FUNDADORA DO PROJETO ABRAÇA-TE:
www.facebook.com/abraca.te
in REVISTA PROGREDIR | SETEMBRO 2017
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