in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2015
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Crianças que tiveram grandes limitações económicas na infância, tanto poderão tornar-se realistas e equilibradas na gestão do seu dinheiro quando adultas, como poderão tornar-se esbanjadoras, pouco racionais e com necessidade de ostentar, quer continuem a ter grandes restrições orçamentais quer não. Nem tudo depende da educação dada pelos pais. Muitas dessas caraterísticas dependem de outras tendências internas e particulares de cada um. O facto de existirem irmãos com uma relação com o dinheiro diametralmente oposta é elucidativo.
Como em tudo, há aspetos positivos na sua visão do dinheiro enquanto criança que podem ser recordados e utilizados a seu favor, e aspetos negativos, que podem ser guardados como lição de vida e exemplo do que não fazer. Não desvalorize a sabedoria da sua criança interior, porque ela sabe muito mais do que imagina: a sua criança interior - aquela que tem e terá sempre dentro de si - guarda tudo aquilo que aprendeu e retirou da sua própria experiência, desde a infância até à maioridade. A criança interior sabe, de forma muito prática, tudo aquilo que importa reter, mesmo que esses ensinamentos não tenham transitado conscientemente para a idade adulta.
Ao analisar algumas das suas caraterísticas enquanto adulto, consumidor, poderá ter uma melhor percepção da sua maturidade financeira – um reflexo inequívoco de outros tipos de maturidade - e recordar aspetos da sabedoria da sua criança interior que poderão vir a tornar-se muito úteis.
Se fizermos uma análise muito direta, uma pessoa que vive acima das suas possibilidades revela sempre falta de maturidade, financeira e não só. Uma pessoa que ganha menos do que o estritamente necessário para sobreviver até ao fim do mês, à partida não teria como viver acima das suas possibilidades. Contudo, são conhecidos casos em que as pessoas, mesmo sabendo que o dinheiro não vai chegar para o essencial, se deixam seduzir pela nova edição de um telemóvel, um plasma maior ou uma botas da última moda, colocando o supérfluo acima do prioritário. O resultado é o endividamento ecónómico, ou no mínimo, a necessidade de comer massa ou arroz o resto do mês para sobreviver, com custos inevitáveis para a saúde.
Quer nos casos em que uma pessoa ganha pouco, quer nos casos em que a pessoa aufere o necessário para viver de forma equilibrada e sem grandes esforços, mas ainda assim insiste em viver acima das suas possibilidades, há uma tendência a compensar frustrações emocionais e psicológicas de várias naturezas com a compra de bens não essenciais. Essas compensações nada mais são do que uma tentativa inconsciente de desviar a sua atenção de um problema com o qual não querem lidar, e que é, assim, ofuscado pelo “brilho” daquilo que compram. Se essa tendência não for controlada e invertida, haverá igualmente endividamento.
Relativamente aos aspetos positivos - a sabedoria intrínseca que a sua criança interior possui sobre o dinheiro e muito mais - há uma pergunta muito importante a colocar a si próprio: quando criança, sentia-se confiante de que ia ter sempre o suficiente para as suas necessidades, ou não? E agora, enquanto adulto?
Mesmo que não o saiba, a sua criança interior – que poderá ser muito diferente da criança que um dia foi e que é necessariamente mais sábia – ainda acredita que no nosso Mundo há o suficiente para todos e que há uma Fonte inesgotável, algures no Universo, que distribui abundantemente as suas bênçãos. Não se trata de agir de forma ingénua, como se o seu dinheiro não tivesse fim, gastando mais do que pode, mas parar de pensar em si mesmo como alguém que está demasiado limitado e restringido por questões financeiras.
Acredite e confie novamente que o Universo vai proporcionar-lhe sempre o que precisa, se fizer a sua parte… E a sua parte é gerir o que já tem de forma equilibrada, racional e generosa, dando presentes a si próprio e presenteando outros sempre que possível, com o que tem e sobretudo com o que tem dentro de si - tal como o Universo nos abençoa e presenteia regularmente – enquanto mentaliza e vê internamente a sua vida a mudar, as bençãos em muitas formas além do dinheiro a tornarem-se visíveis e abundantes.
Lembre-se: equilíbrio gera abundância. E abundância gera mais abundância.
CONSULTORA DE RUNAS E AUTORA DE ARTIGOS SOBRE RUNAS, AUTOCONHECIMENTO E ESPIRITUALIDADE
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in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2015
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