in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
O progresso é um direito de nascença que todos os seres humanos possuem, visto que, no nosso interior, existem todas as qualidades de que necessitamos para progredirmos, melhorarmos e nos sentirmos realizados. Quase todas as pessoas procuram progredir nas mais variadas áreas. Algumas procuram o progresso através da espiritualidade, outras tentando subir de escalão no seu trabalho. Para outras progredir é alcançar um conjunto de objetivos físicos, como melhorar a saúde, ou emocionais, através da superação de obstáculos.
De certa forma todas têm razão, uma vez que, todos os pontos mencionados nos ajudam a progredir e a evoluir. Contudo, se só colocarmos em prática estas atitudes e pensamentos em relação a estas áreas, conseguiremos realmente progredir e ser felizes?
Alcançamos a felicidade quando um conjunto de fatores se encaixa num puzzle perfeito a que chamamos “vida” e, cada um de nós, modela e dá cor a esse puzzle. Para que o sentimento de felicidade nasça no nosso interior é necessário plantar, primeiro, várias sementes em diferentes campos da vida, para que, juntas, formem um belo jardim que tenha o subtítulo de Progresso Humano e o título de Plenitude do Ser.
Porém estas sementes do progresso a nível laboral, espiritual e filosófico não são suficientes para crescermos e progredirmos na vida.
A maior parte da população trabalha, ou procura, o crescimento profissional e a obtenção de recursos monetários e físicos, para satisfazer as necessidades básicas em todos os campos da vida, e assim obter novas comodidades. Mas o que se passa quando as alcançamos? Conseguimos desfrutar delas? Sentimo-nos realizados, sentimos que progredimos verdadeiramente? Quase sempre começamos a procurar novos objetivos, novas motivações, porque a sua falta gera um enorme vazio. Isto é um sinal de que não conseguimos alcançar o tão desejado êxito. Então, se realmente o desejo de progresso passava por atingir esta meta, porque não nos trouxe o impacto positivo que esperávamos? A resposta é simples: conseguir um crescimento ou progresso, seja em que âmbito for, não é difícil, 90% das pessoas conseguiria alcançar aquilo a que se propõe se se dedicasse e tivesse disciplina. Daqui resulta que não é esse o problema… o grande problema é que, para progredirmos na vida, também temos que progredir na forma como vivemos a vida. Desfrutar das pequenas coisas, e momentos, que enriquecem a nossa vida e também todos os aspetos da vida em que pretendemos progredir. Em quase todos os casos existe uma forma de viver desequilibrada, porque os objetivos a que nos propomos não vêm acompanhados do doce sabor das pequenas coisas. São coisas tão pequenas que passam despercebidas, contudo, sem elas, a vida não tem sabor, torna-se insípida e rotineira. Tornamo-nos “máquinas” preparadas para alcançar metas mas, enquanto corremos e trabalhamos para chegar a elas, não sabemos sentir, viver, desfrutar… e assim aumenta o grau de insatisfação humana.
A espécie humana tenta progredir a todo o custo, procura sentir-se a maior e a melhor, mas esquece-se que o progresso saudável e verdadeiro é aquele que alcançamos desfrutando dos pequenos momentos, como uma boa música que nos enche de energia, uma refeição com amigos, um copo de vinho, rirmo-nos das pequenezas e banalidades da vida, que às vezes convertemos em montanhas, mas que, na realidade, não têm importância.
Sentir o calor do sol, dançar, patinar… desfrutar do sabor da vida. Sentir-se em sintonia com ela… O progresso também se alcança apreciando o que a vida nos dá, as atitudes humildes e honestas. Se não desfrutamos das coisas verdadeiramente importantes o progresso parte-se porque vibra na energia da vaidade e da rigidez. Por outro lado, se nos aventuramos a sentir e a desfrutar da vida, alcançamos o progresso de forma firme, fluída e humilde… porque compreendemos o verdadeiro sentido de progredir na vida.
O segredo do progresso? Viver desfrutando daquilo que verdadeiramente importa, os instantes que nos fazem felizes, que nos fazem sentir que progredir e viver são tarefas simples, porque temos um compromisso firme com o caminho da vida e com nós mesmos. No mundo em que apreciamos as pequenas e importantes coisas da vida não há espaço para o fracasso, apenas há espaço para a plenitude.
Como nos comprometemos com a vida? Observando todo o bem que nos rodeia, apreciando as coisas boas nas outras pessoas… todos temos uma flor a desabrochar no nosso interior, às vezes cobrimo-la de medos mas, se observarmos bem, deixamos de nos preocupar e de julgar as outras pessoas e começamos a desfrutar do tesouro que guardam no seu interior. Saborear a pureza da água, um prato de comida preparado com amor, um dia na praia… existem tantas coisas que, se as apreciarmos bem, nos convidam a crescer e a progredir. Já te deste conta? Sem querer, quando nos permitimos caminhar conscientemente na vida, aproveitando cada instante como uma verdadeira bênção, sentimo-nos mais felizes, livres e então crescemos e progredimos em plenitude.
TERAPEUTA, DOULA E NATUROPATA
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