
Por Maria Melo
in REVISTA PROGREDIR | JULHO 2013
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A busca da sabedoria e da verdade, permite o despertar de uma atitude critica e de avaliação, criando uma consciência mais clara sobre as infinidades de possíveis escolhas. Desta forma, cria-se a oportunidade da responsabilização e da possível escolha da mudança.
Os primeiros filósofos gregos criaram um novo conceito de natureza. A natureza é o conjunto de tudo o que existe. A existência das coisas faz com que elas sejam conhecidas. A natureza como um todo também é cognoscível por si mesma. Não precisamos de intermediários para contemplar a sua existência. Ela manifesta-se como uma evidência incontestável. É fonte de conhecimento irrefutável. Qualquer pessoa que se disponha a isso pode conhecê-la.
Durante o período mítico, a natureza era vista pelas lentes das crenças. Com a filosofia, a natureza é despida de interpretações culturais, podendo manifestar-se com autonomia e pelas suas próprias leis. O filósofo deixa a natureza falar por si mesma.
Assim a noção de natureza pretende referir-se aos fenómenos do mundo físico e à vida em geral.
A natureza é, por exemplo, a essência e as propriedades características de cada ser (“O facto de se alimentar dos seus próprios filhos está na natureza de vários animais”), o conjunto e a disposição de tudo o que compõe o universo (“Temos de proteger a natureza”), a virtude e qualidade das coisas (“Este móvel é de natureza nobre e maciça”) e a força da atividade natural, em oposição àquilo que é milagroso ou sobrenatural (“A natureza mostrou a sua força com a avalanche que arrasou a pequena aldeia da costa”).
O uso mais habitual do termo diz respeito ao conjunto dos seres vivos (seres humanos, animais, plantas) e aos fenómenos que ocorrem de maneira natural, isto é, sem intervenção do homem ou de meios artificiais (como a chuva ou as nevadas).
Neste sentido, o planeta Terra é o lar da natureza. Quando a ecologia fala sobre a proteção da natureza, está-se a referir à conservação dos seres vivos e dos ecossistemas que formam o planeta.
Deveríamos questionar o afastamento do homem da natureza e a consequente desarmonia que esse facto ocasiona?
O Homem tem sido intimado a promover o seu retorno à natureza, retornar ao sentimento, ao seu estado primitivo e originário da humanidade. A sociedade tem imposto ao homem uma forma artificial de comportamento que o leva a ignorar as suas necessidades naturais. O homem que escolhe viver de acordo com suas necessidades mais legítimas é mais feliz. É autossuficiente e satisfaz as suas necessidades sem grandes sacrifícios não sentindo grandes angústias.
O homem não deve ser escravo de uma sociedade materialista; a liberdade não é apenas um direito, mas um dever imprescindível da natureza humana, que exige também a igualdade entre os homens em virtude de uma natureza comum.
As leis da natureza, compreendem uma totalidade de outras leis que respeitam a ordem eterna, ou seja, a totalidade da Natureza, onde o homem é apenas uma parte.
Dessa forma, os homens têm sobre a natureza tanto direito quanto poder, porque tem por direito natural, a seu favor, as regras e as leis da natureza em virtude das quais tudo acontece.
A comunhão com a natureza é a única forma de preservação da verdadeira essência do homem. Um retorno ao arquétipo, às origens. Uma transposição da ordem social para a ordem natural que tem como consequência a reconquista da verdadeira liberdade e felicidade, recuperar o sentido autêntico do amor por si e pelo outro, os dois únicos sentimentos legítimos no seu estado natural.

Life coach e co-fundadora da Akademia do Ser
www.akademiadoser.com
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REVISTA PROGREDIR | JULHO 2013