Por Maria Melo
in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2013
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Uma das definições mais aceite hoje em dia é dada pelo estudioso do empreendedorismo, Rober t D. Hisrich, no seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele, empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o tempo e o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação económica e pessoal. O conceito de empreendedorismo está também muito relacionado aos pioneiros da alta tecnologia do Silicon Valley, na Califórnia.
Nos tempos atuais com as mudanças tecnológicas, deu-se um decréscimo da necessidade de mão-de-obra em determinadas indústrias levando a que milhares de trabalhadores ficassem sem trabalho. A importância do surgimento do conceito de empreendedor vem trazer a necessidade de inovação, de forma a criar uma nova realidade no mundo
do trabalho.
Olhar para o conceito de Empreendedorismo ou atividade empreendedora como um processo psicossocial dinâmico que requer a conjugação entre oportunidades de negócio, indivíduos com potencial empreendedor e contexto sociocultural e económico propiciador da inovação e da assunção de riscos. Leva-nos a uma abordagem mais humana para a compreensão do empreendedorismo como a utilização de ações ativas como um ponto de par tida. O empreendedor aparece assim como um agente ativo no mercado e não um agente reativo.
Empreendedores são, na maioria das vezes, os realizadores mais ativos – mais do que empregados de linha e staff e do que gerentes. O conceito de iniciativa pessoal é neste conceito aplicado no sentido que o empreendedor deverá ser mais ativo do que o empregado comum e mesmo do que o gerente. A ação torna-se um ponto fundamental neste conceito, sendo a ação o comportamento orientado para meta e existindo três importantes aspetos que servem para entender como o ser humano regula as suas ações: sequência, estrutura e foco. A Sequência refere se a como se desencadeiam as
ações; a estrutura envolve os níveis de regulação (consciência, metas, planos e feedback) e o foco de uma ação pode ser a tarefa em si.
O empreendedor surge como alguém que reúne as seguintes características associadas ao desempenho ativo: autonomia, inovação, correr riscos, agressividade competitiva e pró-atividade. Autonomia no sentido da ação independente e tomada de decisões; Inovação no desenvolvimento de novas ideias; Correr Riscos no sentido da aventura em algo desconhecido; Agressividade na tentativa de um desempenho melhor do que os outros; Pró-Atividade na iniciativa da exploração ativa das oportunidades de mercado.
Mais do que empreendedores poderemos falar de empresas orientadas para o empreendedorismo, onde a cultura da empresa espelha esta filosofia através de ações que mudam o ambiente social. Uma cultura empreendedora implica uma mudança de comportamento, uma nova forma de agir, uma nova atitude e postura perante o posicionamento na vida.
Life coach e co-fundadora da Akademia do Ser
www.akademiadoser.com
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REVISTA PROGREDIR | MAIO 2013