in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2023
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
No entanto, é essencial reconhecer que, para realmente conseguirmos ajudar os outros, é fundamental começarmos por cuidar de nós mesmos.
O “egoísmo saudável”, ao contrário da conotação negativa que normalmente acompanha o termo, poderá ser definido em termos gerais como a prática de nos colocarmos em primeiro lugar para garantir o nosso bem-estar pessoal e, em consequência, conseguirmos oferecer o melhor de nós ao mundo que nos rodeia.
Vejamos um exemplo prático!
Já parou para refletir sobre as instruções de segurança que os Assistentes de Bordo transmitem aos passageiros antes da descolagem de um avião, em caso de acidente?
Dizem-nos que devemos colocar a nossa máscara de oxigénio antes de ajudarmos outros a fazê-lo.
E a explicação faz muito sentido, quando refletimos sobre isso…
Se não seguirmos as instruções e nos faltar o oxigénio por qualquer motivo, e acabarmos por desmaiar, não teremos como ajudar: nem o próximo, nem a nós mesmos.
Muitas vezes associamos o egoísmo a um egocentrismo desenfreado, em as pessoas se preocupam única e exclusivamente com os seus próprios interesses, sem nunca considerar os outros, nem como as nossas escolhas os afetam.
No entanto, o egoísmo saudável é diferente.
Trata-se, primeiramente, de reconhecer as nossas próprias necessidades, cuidar da nossa saúde física e mental, desenvolver as nossas competências e, em última análise, procurar a nossa felicidade pessoal.
Ao fazer tudo isto, estamos verdadeiramente a praticar o amor-próprio, e tornamo-nos indivíduos mais completos, capazes de contribuir de maneira mais significativa para a sociedade.
Quando nos colocamos em primeiro lugar, na prática estamos (apenas!) a investir em nós mesmos.
Cuidar da nossa saúde física significa termos mais energia e disponibilidade para apoiar o outro.
E cuidar da nossa saúde mental significa encontrarmos um equilíbrio emocional que nos fará praticar mais a empatia e oferecer apoio emocional aos que estão ao nosso redor.
É quando estamos melhor connosco que ficamos mais atentos e mais alerta para o que se passa com o Outro, e por vezes basta a disponibilidade de ouvir com atenção para ajudar. Se nos encontramos carregados com os nossos próprios desafios, como somos capazes de ajudar quem quer que seja?
E há ainda uma outra questão importantíssima que nem sempre temos em conta: ao perseguirmos os nossos objetivos e paixões, tornamo-nos até exemplos inspiradores para os outros, motivando-os (quem sabe?) a ganharem coragem para seguir os seus próprios sonhos.
Além disso, este egoísmo de que falamos permite-nos também estabelecer limites saudáveis nos nossos relacionamentos.
Ao valorizarmos o nosso próprio tempo e bem-estar, aprendemos a dizer que "não" quando tal se torna necessário, e a não nos sobrecarregarmos com responsabilidades que não nos servem.
Conseguir dizer que “não” assertivamente é um talento – quantos de nós têm tanta dificuldade em fazê-lo, quer profissionalmente, quer a nível pessoal?!
Contudo, ter a coragem de o fazer e praticar esta competência com frequência faz com que os nossos limites se tornem cada vez mais claros para nós.
E esta é, sem dúvida, uma forma de mantermos relacionamentos mais equilibrados e gratificantes, onde existe reciprocidade, e as interações são muito mais saudáveis!
Lembre-se de que o egoísmo saudável não significa negligenciar completamente os outros ou ignorá-los.
Trata-se de equilibrarmos as nossas próprias necessidades com as necessidades dos outros.
Ao cuidarmos de nós primeiro, estamos a garantir que o nosso contributo para o bem-estar coletivo será sempre a melhor versão de nós mesmos.
Portanto, não hesite em dedicar tempo para cuidar de si, perseguir os seus sonhos e procurar a felicidade.
Lembre-se que você é o recurso mais valioso que possui, e é somente quando está bem consigo mesmo que pode fazer a diferença no mundo ao seu redor.
Seja egoísta da forma mais saudável possível, e veja como a sua saúde floresce, os seus relacionamentos melhoram e o Mundo agradece!
COACH, MASTER PRACTITIONER EM PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA, E MAIS RECENTEMENTE TERAPEUTA CAPILAR COM FORMAÇÃO EM TRICOLOGIA
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in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2023
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