
in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Mas e se nós as pudéssemos influenciar? De que forma o poderíamos fazê-lo? A ideia mais imediata muitas vezes passa pela redução de despesas ou aumento dos rendimentos (1 trabalho extra, mudança de emprego, …). Mas e se houver outra forma de influenciar a sua situação financeira, estaria interessado em descobrir?
As suas finanças precisam de ser nutridas, tal como quem nutre uma relação com outra pessoa. Quando gosta de alguém, um amigo, namorada ou familiar precisa de cuidar da relação. Com o seu dinheiro o processo é exatamente o mesmo, precisa de gostar e cuidar dele. No fundo existe uma relação energética (aparentemente invísivel) mas que se reflete diariamente ao nível das suas finanças.
Como posso então nutrir a minha relação com o dinheiro?
Em 1º lugar é necessário reconhecer que tem uma relação com o dinheiro, com as suas finanças pessoais e perceber o que sabe ou acredita acerca dessa relação. Será que gosta de dinheiro ou preferia que não existisse? Acha que é possível ter um bom ordenado sem prescindir dos seus princípios? Agradece quando tem dinheiro? Está sempre a reclamar por não ser suficiente? Critica e diz mal de quem tem ou ganha muito dinheiro? Pensar sobre estas questões ajuda a perceber se a sua relação com o dinheiro é fluída, amargurada, de frustração, de inveja, de desprezo, de amor, harmoniosa ou conflituosa, …
Agora, lembre-se do que foi dito anteriormente, é fundamental gostar de dinheiro se quiser ter uma relação positiva ao nível financeiro, porque ninguém cuida bem daquilo que não gosta.
Em 2º lugar ficam algumas dicas práticas para nutrir a sua relação com as suas finanças:
- Reconheça e aceite a relação que tem atualmente;
- Agradeça o dinheiro que tem e recebe;
- Agradeça os bens e as experiências que o dinheiro já lhe permitiu adquirir ou experenciar (roupa, ida à praia, casa, carro, bicicleta, sofá, telemóvel);
- Sempre que pagar uma despesa agradeça o facto de ter dinheiro suficiente para o fazer e ainda sobrar algum;
- Acredite (mesmo) no seu valor e que merece ser bem recompensado financeiramente pelo seu trabalho;
- Doe algum do seu dinheiro a quem precisa mais do que você ou a uma instituição, desta forma manifesta que tem mais do que suficiente, além de contribuir para o bem da sociedade;
- Aceite e agradeça as ofertas de bens ou dinheiro que lhe façam (pode ser tão simples com um amigo que lhe paga um lanche, um presente especial de aniversário ou mesmo uma herança que receba);
- Não despreze nem idolatre as suas finanças;
- Pense mais na abundância e menos na escassez, aquilo em que centra a sua atenção e energia, atrai para a sua vida;
- Saiba o que ganha, gasta e poupa, quando se preocupa com alguém, sabe como essa pessoa está, com o dinheiro também precisa de saber como ele vai;
O que acontece se não o fizer?
Quando não nutre a sua relação com o dinheiro, o que acontece é que se sente uma vítima das ditas circunstâncias exteriores, quando na verdade tem um papel significativo na vida financeira que tem. Pode sempre argumentar que lhe cortaram o salário, aumentaram os impostos e tudo isso é verdade, mas perante a mesma realidade, pessoas com situações financeiras semelhantes podem ter atitudes diferentes e as consequências e reações das mesmas também. Por exemplo 2 pessoas que foram despedidas, uma ao fim de ano e meio de subsídio de desemprego ficou sem nada (nem subsídio nem emprego), outra decidiu frequentar um curso gratuito de empreendedorismo e arriscou dedicar-se no seu sonho com um negócio de festas para crianças. Pode parecer que é apenas uma questão de atitude prática, mas há aqui por trás uma relação energética com o dinheiro, com as suas finanças, porque cria e atrai as oportunidades que são melhores para o seu desenvolvimento financeiro. Portanto, não se trata de ignorar o que acontece e os desafios que daí possam surgir, trata-se de assumir cada vez mais a responsabilidade pelo seu destino financeiro, numa perspetiva consciente e integrada. Nutra as suas finanças e verá que elas se desenvolverão.

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in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2014
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