
Por Filomena de Paula
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2016
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Ambas pressupõem, antes de mais, assumirmos a responsabilidade das nossas escolhas e consequentemente das nossas vidas. Utilizarmos a inteligência espiritual no processo de liderança das nossas jornadas é aproveitarmos uma sabedoria inata, utilizando-a para uma vida mais rica e com um sentido maior. É ela que nos impulsiona, sem esforço, alargando-nos os horizontes. É a capacidade suprema de encontrarmos na Alma todas as respostas. A consciência e autoconsciência são indiscutivelmente pilares de sustentabilidade da inteligência espiritual. Saber quem somos, o que fazemos aqui, são questões de base que verticalizam o Ser e nunca o Ter.
A inteligência emocional é a capacidade de reconhecermos as nossas emoções e as dos outros, assim como sermos capazes de lidar com elas. É a inteligência emocional que possibilita encontrar a fórmula fundamental para mantermos relacionamentos, inter e intrapessoais, equilibrados e saudáveis.
Quando passamos da liderança pessoal para liderança de outros a palavra obtém os mesmos contornos, não esquecendo que liderar é muito mais que orientar e inspirar. É estar atento, conhecer e reconhecer as necessidades e os estados de alma que connosco se cruzam. Observar, ver e ouvir com os sentidos, sentir, ver e ouvir com o coração e interiorizar, ver e escutar com a alma.
Em ambos os casos liderar é também silenciar, para que a inteligência espiritual, a nossa intuição, se faça ouvir. Através da serenidade conseguiremos ouvir essa sabedoria que nos acompanha vida após vida. Ela despertará a nossa consciência, a nossa verdadeira essência, o nosso Eu maior. Ela dar-nos-á as directrizes certas, as coordenadas exatas para uma jornada plena de gratidão.
Liderar é termos a capacidade de criar a simbiose perfeita entre inteligência emocional e espiritual. É, depois, termos a humildade de reconhecer que todos somos a energia suprema de Amor, e que nada nos coloca em patamares diferenciados. Essa unicidade ganhará a voz que lhe quisermos dar e a sua projecção irá onde a quisermos levar. A evolução individual faz avançar a humanidade para um coletivo de conhecimento e merecimento. Com eles surgirá a mudança de paradigmas onde liderar será a palavra de ordem. Num novo conceito, numa nova energia, num profundo grau de entendimento. Mas tudo isto só irá acontecer quando cada um de nós fizer a sua parte, percebendo que a verdadeira transformação se faz de dentro para fora e que a verdadeira voz da liderança não castra, não opina, não julga, não descrimina, não instiga, não promove a diferença. Uma verdadeira liderança está atenta, observa, sente, reconhece, impulsiona, é responsável pelas suas escolhas, confia na sua intuição e desperta consciências.
Liderar de forma espiritualizada é uma forma de vida, é uma forma de Ser. Quando todos conseguirmos perceber que precisamos ultrapassar o gritante e constante chamado do ego, que a nossa existência vai muito além da lógica e da razão, certamente seremos capazes de escutar e deixar-nos liderar, guiados pela voz tranquila da nossa Alma.
Quando nos conhecemos, confiamos e quando assim é, somos inspirados e inspiramos. Nunca estaremos num lugar privilegiado em relação a ninguém. Quem assim pensa, assume um papel e um lugar que não é seu. Quando todos percebermos que somos muito mais que uma mente movida pelo ego, que existe mais para além da lógica e da razão, será mais fácil o acesso à maior das nossas sabedorias, a voz da nossa Alma. Será aí que honraremos cada uma das nossas histórias, liderando nossas vidas no caminho da espiritualidade.

PALESTRANTE E ORIENTADORA MOTIVACIONAL
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in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2016
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