
Por Paulo Marques
in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2017
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Não queremos que a outra pessoa saia com amigos, não gostamos que pessoas do “género oposto” olhem para ela(e), não gostamos que vista isto, ou aquilo. Enfim, tomamos algo ou alguém como sendo nossa propriedade. E porquê? Porque temos medo de perder, porque somos inseguros, resumidamente, porque ainda não reconhecemos o que é o amor verdadeiro, ainda não parámos para nos sentirmos e observarmos…
Quando se ama realmente algo, ou alguém, evidentemente que gostamos de estar perto, de cuidar, de dar tudo o que de bom há em nós em prol dessa pessoa e de a ver sorrir e feliz. Mas também quando amamos, a entrega é total, a liberdade é plena. Amar é libertar e ser livre. Livre para sentir, para viver, para ser. Se eu amo, não vou diminuir, limitar e muito menos maltratar o foco do meu amor. Vou antes, exaltar, enaltecer, cuidar… não para manter próximo, como dependência, mas sim porque sou feliz ao fazê-lo e porque sei que se esse Ser ou situação partir, irá voltar de alguma forma. Ninguém depende de ninguém, ninguém é feliz por causa disto ou daquilo, por ter isto ou aquele outro. Somos felizes porque sim, porque o coração se abre à vida e sente essa mesma vida em nós, no nosso âmago.
Quando sentimos a vida em nós, percebemos que nós somos a própria vida em manifestação e dessa forma, vemos o mesmo nos outros que nos rodeia. Na mulher ou no homem que partilha a vida connosco. Também essa pessoa é uma manifestação do divino, uma pérola na nossa vida e que por isso, por ser tão única, merece tudo o que há de bom. E não, a felicidade dessa pessoa não depende de nós, mas depende de nós se lhe causamos lágrimas ou sorrisos. Se a aconchegamos e abraçamos nos momentos difíceis e se nos divertimos e festejamos nos momentos de maior alegria.
Deixa a vida fluir em ti, deixa as pessoas livres para optar qual o melhor caminho para si. Tudo são ciclos, vão e vêm… se prendes e tens medo que algo parta, estarás automaticamente a fechar-te a algo novo que está para surgir. É isso que pretendes, estagnação?
Deixo a sugestão, primeiramente, sê tu mesmo(a) uma pessoa livre, desprende-te aos poucos dos medos, das inseguranças, das dúvidas. Sente quem és, tudo quanto és, as tuas dores e alegrias, sente tudo até ao fim. Depois dessa etapa, entrega, a ti mesmo(a) e tudo o que te rodeia, deixa-te ir, fica leve, torna-te o ar que respiras. Por fim, sente apenas a gratidão, aquele sentimento de quem não tem nada, mas se tornou tudo. E aí, vais saber e sentir que de nada precisas, que nada tens, mas que és tudo e tudo reverbera dentro de ti de forma síncrona e perfeita.
Nesse momento, já amas, és feliz e já não vives, por tu mesmo(a) tomaste consciência de que és a própria vida em manifestação plena.
Sê tu, sê feliz*

MILITAR, FACILITADOR E AUTOR
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in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2017
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