Por Marta Pacheco
in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Não julgar é difícil, e ninguém está totalmente livre deste hábito, somos todos, seres errantes, em desenvolvimento, aqui nesse plano terrestre. Julgar alguém só promove danos para quem o faz, e neste caminho de vida, que tanto queremos elevar a consciência, evoluir como pessoa e sermos a nossa melhor versão, este ato, é mesmo um comportamento questionável. Muitas vezes, quem julga o nosso caminho procura justificar a sua própria vida, desonrando assim, o outro.
Na verdade, as pessoas não nos olham como realmente nós somos, e sim como elas são. A cada instante, somos bombardeados de estímulos externos (cerca de 14 milhões de estímulos, para ser mais exata), o que faz com que seja impossível prestar atenção a tudo o que nos rodeia ao mesmo tempo.
A forma que encontramos para “filtrar” todos estes estímulos é julgar o que acontece à nossa volta a partir do sistema de crenças, ou seja, um conjunto de opiniões pré-concebidas sobre as coisas que se transformam e se formam no nosso psiquismo na base da repetição e do impacto emocional. Efetivamente, o que acontece é que nós olhamos a realidade envolvente, o que acontece à nossa volta, com base no que acontece dentro de nós próprios, e isso é valido para tudo – desde criar uma opinião sobre o contexto político do país, até julgar uma pessoa como sendo simpática ou não.
Saber quem somos é na verdade, e é quase a última coisa que importa, quando alguém emite uma opinião ou julgamento sobre nós, assim ajuda-nos a respirar fundo da próxima vez que alguém falar algo sobre nós.
Muitas das vezes, ou a maior parte das vezes, dizemos: "isso não me afetou", mas na realidade quando o julgamento surge, de um colega do trabalho, de um amigo ou de um familiar, sentimo-nos magoados. Nestes momentos, apenas temos de manter o foco e a calma, e perceber a intenção desse "julgamento", e de forma assertiva, manifestar esse desagrado. Na realidade, quando não manifestamos o nosso desagrado, seja qual for a situação, é muito importante não dar o nosso poder pessoal a outra pessoa. Caso contrário, estamos a entregar o nosso EU, a nossa identidade ao outro.
É muito importante que consigamos compreender que ninguém está errado na forma como olha o mundo. E isso aplica-se tanto à pessoa que está a nos julgar quanto a nós próprios. Todo as pessoas têm um motivo de ser como são e de pensar como pensam, então temos de aceitar que o nosso grande desafio nesta vida é vencer a dualidade mental de que existem os “certos” e os “errados” absolutos. O que, na prática, significa dizer que nós estamos certos e quem nos diz que estamos errados… Também. Temos assim, de investir mais tempo e energia em sermos feliz, pensando da forma como pensamos, do que tentar mudar a ideia dos outros sobre nós, como se eles estivessem errados nas suas opiniões e pontos de vista. Quem nos ama está certo em nos amar e quem nos odeia está certo em nos odiar – e nada disso nos define.
Acredito que a última coisa que devemos fazer quando recebemos um julgamento, é justamente reagir quando acontece. Vamos fazer um pequeno exercício e olhar para a nossa vida e para todas as situações em que nós somos reativos ao que nos dizem. Faz a seguinte questão: De que modo a nossa vida mudaria se nós fossemos capazes de respirar fundo e pensar antes de abrir a boca e falar qualquer coisa?
Por isso, procura praticar o mindfulness ou atenção plena, por menos alguns minutos por dia. A prática da meditação é muito importante para o desenvolvimento de uma atitude compassiva, se tiveres dificuldade em meditar, procura algumas meditações guiadas e apenas seguir as orientações do condutor.
Lembrem-se sempre: Nós temos o direito divino de viver em paz e ser feliz.
MESTRE EM PSICOLOGIA CLINICA TERAPEUTA HOLÍSTICA PROFESSORA DE MEDITAÇÃO E REIKI
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in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2018
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