
Por Bárbara Ruano Guimarães
in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2018
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Ou aquela altura em que se sente fora de si, infeliz com a sua realidade e decide julgar a vida de outros em vez de se focar em si e no que a vida tem de maravilhoso para lhe oferecer a si? Este texto pode ser para si.
E digo “pode” porque este tema é delicado. É uma responsabilidade escrever sobre julgamento.
A verdade é que todos julgamos um pouco ao longo do dia. Julgamos as pessoas que conhecemos, julgamos os que estão mais próximos de nós e os que não conhecemos e principalmente, caímos na armadilha de nos julgarmos a nós próprios.
Porquê?
Porque julgar é uma bola de neve, ou antes, um boomerang, vai e volta.
Quando opta por julgar os outros, talvez esteja desalinhado consigo. Opina em relação aos outros porque é bem mais fácil ditar a verdade dos outros do que ditar a sua própria verdade. A verdade dos outros desresponsabiliza-o. Cabe aos outros fazer alguma coisa em relação aos seus “erros”, a sua vida, a sua mudança, é só da sua responsabilidade.
No fim, o boomerang volta, acaba por se culpar e julgar porque julgou os outros e acaba por se martirizar por isso. Por isso, o julgamento volta sempre a bater à porta de quem o soltou.
Ninguém é perfeito, e a verdade é que por vezes melhoramos a pessoa que somos depois de um julgamento. E nesse sentido, o julgamento pode ser “construtor”. A questão é que “JULGAR” é uma palavra tão forte. E o ser humano tende a dar muita intensidade e valor às palavras.
Quando praticamos o julgamento, ou quando atribuímos uma conotação a uma situação que nos acontecesse estamos a abdicar do poder fantástico que o universo nos deu de sermos nós próprios, de lutarmos pela nossa felicidade, de sermos generosos e gratos pela pessoa que somos. Estamos a separarmo-nos da nossa essência e do melhor que temos para dar e é preciso parar.
Estou quase certa que sente desconforto cada vez que julga, há algo em si, mesmo que muito profundo que o faz sentir desalinhado. No fim do dia pode aparecer uma sensação de culpa porque não é por isto que estamos aqui. Esta não é a nossa missão neste mundo.
No inicio do texto falei das situações em que julgamos os outros, porque estamos muito longe de querer sentir o que se passa connosco, o julgamento acaba por ser um pedido de ajuda.
Nessas situações o julgamento acaba por ser uma chamada de atenção, algo que não encontra em si e que está a encontrar no outro. No fundo, julgar é como dizer “preciso que gostem de mim.”
Por alguma razão estamos desadequados e projetamos isso nos outros. Temos uma ferida que queremos que passe e que seja curada. O julgamento não é a pessoa que somos, é só uma fase em que estamos e podemos trabalhar nisso todos os dias. Controlar as fases em que decidimos julgar e perceber no momento qual a real razão para o julgamento? Será mesmo sobre o outro, ou sobre mim?
Todos queremos ser grandes pessoas neste mundo. Queremos fazer boas ações, queremos causar impacto, queremos ter sucesso, queremos conseguir perdoar, se está a julgar está a retirar-se da sua linha está a cortar a sua ligação com o seu coração.
Em vez de julgar, pense em perdoar e continue a sua vida. A leveza de perdoar não se comparar ao fardo de julgar.
Pergunte-se: o que ganho, o que acrescento na minha vida quando me julgo, ou quando julgo outros?
Sim, pode dizer que se “auto” corrige, mas não precisa de se julgar para se perdoar e para corrigir o que quer que tenha acontecido. Escolha estar consciente da situação e “peça” para que o universo o/a ajude a ver como sair do ponto em que está.
É preciso querer deixar de julgar, isso é importante. É muito importante permitir que os “erros” aconteçam sem julgamento... e ter a calma para ver a realidade de outra forma. Confie que o universo quer o melhor para si, mas que só consegue ter nova informação quando se perdoa e esvazia o “seu copo” de todo o seu julgamento. Estamos todos no mesmo barco, cada um tem os seus problemas, a solução pode ser ver para além das “lentes” do julgamento.
A vida é um caminho que vamos trilhando, o que queremos é que seja em paz connosco e conectados com as melhores experiências que estão aí à nossa espera. Faço votos que veja o melhor que cada ser tem para dar.

COACH, CONSULTORA DE BA ZI E FENG SHUI
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in REVISTA PROGREDIR | FEVEREIRO 2018
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