Por Diana Metello
Esta pressão advém principalmente de um aumento galopante da concorrência e dos Valores que estão a ser vividos, defendidos e ensinados na nossa sociedade, em que o Sucesso se mede pelo retorno financeiro rápido, e em que o “como” pouco interessa... Desde que se atinjam os objetivos. Valores são algo que, desde crianças, vamos aprendendo e interiorizando nos nossos hábitos de conduta, a começar pelos nossos Pais e familiares mais próximos, posteriormente pelos educadores e professores, pelos grupos Sociais, Religiosos, Culturais, enfim por todos as pessoas com que convivemos e que se tornam referências na nossa Vida.
Estes Valores são-nos passados verbalmente como “regras” mas principalmente através dos exemplos comportamentais a que, de uma forma constante e repetitiva estamos expostos, passando a considera-los como “normais”, e que, ainda que de uma forma inconsciente, vamos catalogando como bitola de certo/errado e dai surgem os juízos de valor sob a forma de comportamento aceite/desejável ou inaceitável/condenável.
Ao chegarmos à idade adulta, supostamente caraterizada pelo momento em que passamos a ser responsáveis pelas nossas escolhas, naturalmente fazemos uma seleção do que faz sentido para nós, e escolhemos a nossa própria lista de Valores que regerá a nossa Vida.
A palavra Integridade vem do latim integritate, que significa a qualidade de alguém ou algo ser íntegro, de conduta reta, coerente, pessoa de honra, ética, o que é verdadeiro, justo, genuíno e perfeito.
Infelizmente, cada vez mais podemos constatar que, na maioria dos casos, há uma diferença abismal entre o “discurso” e a “prática”, entre o anunciado e o que de facto acontece. E o mais grave, no meu entender, é que isso quase é considerado “normal” e aceitável, sob a desculpa “todos o fazem!”... E Você...considera-se íntegro? ...até que ponto Você pratica o que defende? ...A Integridade faz parte dos seus Valores de Vida e Prática Profissional? A Integridade Profissional reveste-se de uma importância extraordinária pois, quando inexistente, implicará o prejuízo de toda a Credibilidade no Profissional, no produto ou serviço que este representa, e da Empresa ou Instituição a eles associado.
É essencial recuperar e valorizar este Valor na nossa Sociedade, restaurando a economia de forma positiva, premiando a honestidade e transparência, e valorizando quem realmente tem o mérito, ou o conhecimento, em vez daqueles que apenas são “máquinas publicitárias e de vendas” que utilizando técnicas extraordinárias e comprovadas, como a PNL, mas de uma forma subversiva, criam a ilusão generalizada de valor. Para colmatar esta questão, cada vez mais se exigem aos profissionais que sejam certificados nas áreas de desempenho, o que de facto acho importante, mas isto criou um novo negócio! Agora por todo o lado podemos aceder a centenas de certificações, geralmente com nomes pomposos e cativantes, muitas até no atualmente tão popular regime “Low-Cost”... Mas que valor ou credibilidade têm essas certificações? Como e com que rigor é verificada a verdadeira capacidade do profissional certificado? E quem certifica as empresas que apresentam e comercializam estas certificações?
A meu ver, as certificações devem ser feitas por entidades competentes e externas, de forma a manter a isenção de interesses, e que estas mesmas sejam certificadas a nível dos seus Standards de Qualidade, devidamente comprovados. Mas acima de tudo, o maior órgão regulador deste valor é a nossa própria consciência, sendo nossa a escolha de como queremos viver, quem queremos ser, e que exemplo queremos passar. Eu acredito que Sucesso passa pela relação inabalável de Integridade para connosco próprios!
Como disse Francis Bacon...
“não é o que comemos mas o que digerimos que nos torna mais fortes, não é o que ganhamos mas o que poupamos que nos torna mais ricos, não é o que lemos mas o que recordamos que nos torna mais sabedores, e não é o que professamos mas o que fazemos que nos confere realmente integridade.”
Em suma:
Ser íntegro pressupõe ser coerente, verdadeiro, ético, correto, justo, genuíno e ter Honra... E isto é um princípio inalienável e inconfundível! Ser íntegro é um traço forte de carácter, virtude própria dos verdadeiros líderes e heróis.
Ser íntegro é condição essencial ao respeito próprio e ao valor intrínseco do Ser Humano.
INTERNATIONAL RESULTS COACH CEO & FOUNDER OF ACTION FOR SUCCESS
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in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2013