in REVISTA PROGREDIR | DEZEMBRO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Já lá vai o tempo em que uma pessoa tinha um único emprego ao longo da vida; segundo alguns estudos este número aumentou substancialmente, para 15. Num mundo cada vez mais marcado pela incerteza, como a presente Pandemia faz notar, é importante olhar para a vida profissional focando não apenas no conjunto de competências de que dispomos, mas incluindo também talentos, criatividade e valores. A geração dos Millennials ilustra bem este tipo de motivações profissionais.
Em 2018 cerca de 66% das pessoas sentiam-se infelizes no trabalho nos EUA e admite-se um número maior à escala mundial. Muitos são recorrentemente acometidos pela questão da mudança profissional. Para outros afigura-se como uma necessidade. Mas a questão que ocorre é — Como fazê-lo? Será que consigo?
Que valores e motivações pautam a escolha do seu caminho profissional?
Se se identifica com estas questões talvez valha a pena fazer uma reflexão com vista a identificar os valores que pautam a escolha do seu caminho profissional — Como quero usar a minha vida? Que impacto quero ter no mundo? Como quero contribuir para a sociedade? Como aplicar as minhas competências no mercado de trabalho no atual contexto?
Identificar valores é um passo fundamental, mas por si só não basta. Importa também compreender as motivações que o levam a procurar um caminho de independência: desequilíbrio entre a vida pessoal e profissional; ausência de realização profissional; desconforto emocional (trabalhar em ambientes tóxicos ou cujos valores não se identifica); estrangulamentos e dificuldades financeiras; obter maior liberdade; vontade de deixar um legado; desejo de concretizar um sonho; necessidade de cumprir uma missão.
O que o impede de consumar a tão desejada mudança profissional?
Naturalmente que valores e as motivações se cruzam e contribuem para a obtenção de clareza sobre a sua escolha profissional. Mas mesmo estando certo que quer mudar pode não conseguir fazê-lo. Porquê? Porque há medos que o permeiam e dos quais pode ter maior ou menor consciência: medo de sair da zona de conforto e largar o certo pelo incerto; medo do que os outros vão pensar; medo de fracassar e se arrepender… É justamente a relação entre os seus medos e motivações que determinará a direção que irá tomar. Conhecer esses medos e estar consciente da evolução dos mesmos durante o processo mostra-se assim fundamental.
O autoconhecimento, saber quem é, do que gosta, o que o move e detém ajuda-o no processo de progressiva clareza e tomada de decisão. Para muitos a mudança profissional tomará a forma de um projeto de empreendedorismo, mas para outros a mudança não tem de ser tão radical. Poderá implicar sair da empresa onde trabalha para a concorrência, procurar novas oportunidades dentro da organização em que trabalha ou até adotar novas formas e atitudes de trabalhar. O importante é encontrar realização e sentido no trabalho que faz, independentemente do formato.
Alguns poderão se confrontar com outro tipo de problema. Se por um lado sentem o impulso da mudança, não têm para si claro o que poderiam fazer. Identifique o que é bom a fazer e gosta de fazer no seu trabalho atual. Intersecte essas respostas com o que se afigura valioso para os demais. Isso dar-lhe-á uma noção do que poderá fazer de forma rentável. Explore e esteja aberto também a novas oportunidades profissionais pois isso dá-lhe uma noção do seu valor no mercado.
Trabalhe em planos alternativos de mudança profissional
Uma vez que tenha claro que quer empreender a mudança é altura de considerar diferentes opções e planos alternativos de execução. Ter mais do que um plano é importante para não cair numa situação desesperante caso as coisas não se desenvolvam como esperava. Permite-lhe ainda antecipar-se diante de oportunidades que surjam ao longo do caminho. É do conjunto de ações diárias, consistentes e sustentadas que integram um plano que resulta a mudança desejada.
O caminho que cada um irá trilhar é pessoal e intransmissível. Os que disponham de uma almofada financeira poderão proceder à mudança com risco mitigado, porém não inexistente. Outros mesmo sem almofada avançam porque acreditam que são capazes. Haverão os que se mantêm no atual emprego (plano A) enquanto desenvolvem o plano B para, em momento próprio, lançarem-se; poderão fazê-lo logo em full time ou num regime part time se os deixar mais confortáveis.
Em cada crise há uma oportunidade
Períodos de instabilidade como os que atualmente vivemos constituem uma excelente oportunidade para desenvolvermos e trabalharmos nos planos alternativos que nos conduzam à vida profissional desejada. Muitas das pessoas que protagonizaram mudanças profissionais no passado aproveitaram períodos de crise para desenhá-las e implementá-las. Porque é maravilhoso sentir liberdade nas nossas carreiras para tomarmos as decisões que consideramos melhores para nós e as nossas vidas.
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