in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2016
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O ser humano tem, desta forma, a possibilidade de criar processos mentais que permitem idealizar algo concreto ou abstrato e que pode, não só influenciar diretamente vidas e experiências individuais, bem como interferir na realidade e alterar o modus vivendi do coletivo.
Desta forma, imaginar é também progredir, porque a partir da idealização, o ser humano cria, sonha, projeta e constrói coisas novas. Da imaginação, surgem ideias que se transformam, muitas vezes, em novas realidades que contribuem para o desenvolvimento humano, científico e tecnológico, ou seja, para a evolução das sociedades e do mundo que habitamos.
Desde os primórdios da nossa existência, a imaginação serviu para avançarmos enquanto espécie; foi através dela que descobrirmos que os recursos naturais seriam essenciais para a descoberta e criação de ferramentas e utensílios necessários à nossa subsistência.
Através da observação, o homem utilizou a imaginação para criar, inovar e confirmar as potencialidades dos diversos elementos naturais. Assim, entre outros, deixámos de nos abrigar em grutas e cavernas para passarmos a habitar em casas e apartamentos; alterámos o tratamento e confeção dos alimentos; descobrimos cuidados e hábitos de higiene que fomos adquirindo ao longo dos tempos; avançámos na forma de produzir vestuário e calçado, dos mais rudimentares aos mais contemporâneos e sofisticados; verificámos uma profunda e importante mudança nos meios de transporte de pessoas e cargas, abdicando do uso de animais para os mesmos fins de que hoje nos servem os barcos, aviões e automóveis.
Na atualidade, tudo o que nos permite ter maior qualidade de vida teve origem numa projeção mental, numa capacidade imaginativa de criar algo novo, ou seja, na partilha de uma ideia ou projecto que se transformou numa realidade definida e concreta.
Na verdade, sem o poder da imaginação não poderíamos evoluir, não existiria o sonho e sem o sonho não teríamos inspiração que impulsionasse a arte, a cultura e o desenvolvimento dos saberes.
Imaginar é desenvolver o novo através da inspiração criativa, sendo sinónimo da procura incessante do saber que se traduz no amor com que se descobre novas formas de conhecimento que se expandem e que influenciam filosofias, culturas e tradições.
A origem do belo, contemplativo e sublime deve-se à sabedoria de acolher o que resulta do processo imaginativo. Sem ele, nunca poderíamos apreciar uma pintura de Da Vinci, uma obra de Gaudi ou um soneto de Camões.
Sendo a arte, toda ela, obra da criação imaginativa, o que representa, por si só, a sensibilidade humana para promover a concretização da sua inspiração, é, também, a capacidade do homem transformar naturalmente a sua própria realidade, sonhar e alcançar as metas a que se propõe; em suma, inovar e transcender-se individual e quotidianamente.
Sem imaginação, não teríamos criado a lente da câmara que nos dá a imagem do cinema e da televisão, o palco do teatro, dos musicais e dos mais diversos espectáculos que fazem o homem sonhar e vibrar! Sem imaginação, não poderíamos usufruir das atividades de lazer e de desporto que tanto contribuem para o bem-estar do homem!
Imaginar é dar vida à própria vida, é contribuir para o progresso do ser humano, é nunca abdicar do sonho, porque enquanto o homem sonha, o mundo pula e avança como bola colorida nas mãos de uma criança!
COORDENADOR DO PROJECTOQUIET SOUL
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in REVISTA PROGREDIR | JUNHO 2016
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