Por Carlos Lourenço Fernandes
in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2022
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Tudo mudou.
A extraordinária (e dimensão) da evolução (revolução) nas comunicações, na tecnologia das comunicações, o instante da imagem face à palavra (de expressão literata e a exigir compreensão da língua materna) tudo mudou. Da rádio, à box Tv, da internet ao smartphone, compactou o tempo e iludiu o espaço. Ocorreu a globalização competitiva.
O meu bairro, a minha rua, é, agora, o mundo na palma da mão. A atitude é instantânea e, subitamente, é global. Um gesto correto num feliz instante torna me sujeito de fama. De sucesso (bom ou mau).
A alimentação também é instantânea. Do café ao puré.
A fama (processo de diferenciação face ao universo dos outros e motivo de reconhecimento pelos outros) que, no passado, se afirmava em construção lenta e granítica, hoje é construída em instante feliz e passa ao desconhecimento em instante seguinte.
Um conceito novo afirma se no mundo: o telefone, no limite, também faz chamadas. Mas é sobretudo Instagram, Facebook ou Twitter. Quase tudo se passa ali (em fama global).
Distinta é a fama, o reconhecimento, num nicho social. Na academia, na ciência, no reconhecimento entre pares do primeiro entre pares (fama que continua a ser de sólida construção).
Mas, atenção, hoje a fama é construída (e desfruta) no ecrã mínimo que se acolhe na sua palma de mão.
E, desaparece, também, com uma palmada.
URBANISTA
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in REVISTA PROGREDIR | NOVEMBRO 2022
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