| Quando o desafio é conjugar as finanças com o papel de mãe… sendo estes dois temas tão interessantes, muito haveria para dizer. Por Susana Rodrigues Torres in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014 (clique no link acima para ler o artigo na Revista) |
Quando falamos de dinheiro, de responsabilidades financeiras, de ter que garantir a comida aos nossos filhos, o assunto passa a ser sério, muito sério.
O dinheiro é e sempre será uma preocupação, e talvez por isso devêssemos olhar para ele, não como algo que satisfaz necessidades, mas como algo que potencia oportunidades.
Se as finanças são um tema que sugere preocupação, que causa desconforto, que nos tira o sono, então talvez esteja na hora de alterar a forma como olhamos para este tema.
Quando a questão está entre recursos financeiros vs despesas e responsabilidades, devemos considerar duas alternativas: ou temos forma de aumentar os nossos recursos financeiros, ou então arranjamos soluções que permitam reduzir as despesas. Um dos grandes desafios que encontramos são as despesas com o supermercado, principalmente se a esta inevitável viagem adicionarmos a companhia das crianças, que insistem em aumentar a lista dos bens essenciais de consumo.
É importante que as crianças aprendam desde cedo a lidar com o dinheiro, e não apenas a saberem introduzir o código do cartão multibanco dos pais na hora de pagar a conta no supermercado (por mais engraçado que isso possa parecer para alguns pais), mas sim a saberem gerir as suas próprias finanças e isso pode muito bem começar na ida às compras.
Ter um mealheiro, uma conta bancária, uma semanada ou um sistema de objetivos com base nas notas da escola, tudo é válido, o importante é que a relação das crianças com o dinheiro aconteça desde cedo, para que o valorizem e o saibam gerir da melhor forma possível.
Assim, se poupar é importante, não menos importante é saber gastar. São vários os conselhos que têm surgido ultimamente sobre como gerir melhor as nossas finanças, sobre como organizar e planear melhor o nosso dinheiro, com alguma pesquisa acedemos facilmente a artigos que nos podem ajudar nesta matéria, ainda assim, importa considerar alguns fatores na hora de gastar o nosso dinheiro, como por exemplo, os filhos!
A ida ao supermercado, o início de uma aventura…
Na altura de ir ao supermercado, todos têm tarefas definidas sendo que, funciona bem melhor quando se leva uma lista.
As regras são colocadas antes de entrar no supermercado, e sim…. A maioria das crianças quer tudo! São aliciados pelos cromos da Violetta e dos Invisimals… mas as regras do jogo fazem a diferença, se uns dias até podem comprar alguma coisa, existem outros em que não podem comprar nada.
As tarefas são distribuídas, uma das crianças pode ter a tarefa de organizar as compras no carrinho, separar os frescos dos detergentes e garantir que a ordem de entrada dos produtos no tapete é aquela que potencia uma melhor organização na hora de colocar nos sacos.
A outra criança, que já aprendeu a ler, trata de ir buscar os produtos, umas vezes procura pelo nome/marca, outras escolhe pelo preço, a sua grande responsabilidade é procurar alternativas. Na hora de escolher os produtos, é muito importante conjugar todas as variáveis, tais como o preço e a qualidade, sendo que esta análise pode ser feita por eles.
Incluir as crianças nesta atividade tão indispensável no nosso dia-a-dia, é uma forma de conseguir educar e ao mesmo tempo tornar esta experiência agradável para todos, sensibilizando os nossos filhos para compras conscientes. Muitas vezes também podem ser eles a fazer a lista das faltas antes de ir para o supermercado, nomeadamente no que respeita aos produtos que são para eles. Passa a ser assim uma tarefa de todos, envolvendo a todos e onde todos têm participação e responsabilidade, passa a ser uma tarefa da família e não só da mãe ou do pai.
Entrar com crianças no supermercado pode ser uma grande aventura, um verdadeiro filme de terror ou um momento que potência a aprendizagem.
A experiência diz-nos que tudo aquilo que é conquistado tem outro valor, que aquilo em que participamos nos envolve, nos motiva, faz-nos sentir que pertencemos a algo, faz-nos sentir importantes e úteis. Conhecer o valor das coisas e saber tirar o melhor partido delas, saber para que servem, o quanto custam, apelar à criatividade, à autonomia, à decisão, à escolha… tudo isto se pode fazer numa simples ida ao supermercado.
Muitas vezes as crianças apenas precisam de atenção, e por vezes solicitam-na da forma mais diabólica que conseguem. Cabe-nos a nós criar as alternativas e dar espaço para a escolha, escolha é sempre delas, e se soubermos criar boas alternativas, elas farão certamente melhores escolhas.
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in REVISTA PROGREDIR | MAIO 2014
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)