in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)
Harry Harlow, na década de 1940 demonstrou na sua experiência com macacos bebés, o quanto o conforto emocional é importante, mais do que a alimentação. Separaram macacos-bebés à nascença das suas mães, substituindo-as por duas bonecas, uma de fio metálico, áspera ao toque, mas com um biberon de leite., portanto, representando fonte de alimentação. A outra era de pano, suave ao toque, portanto fonte de conforto. A experiência consistiu em saber quanto tempo os bebés passariam com cada uma das “mães”. O resultado foi surpreendente: num período de 24 horas, 18 h foram passadas com a mãe de pano e apenas 1 h com a mãe de fio metálico. Sabia-se que a variável conforto seria importante, mas não se esperava que fosse ao ponto de ofuscar completamente outras variáveis, incluindo a da amamentação.
Nós humanos, não somos diferentes dos macacos. O toque, o carinho, o amor, o conforto emocional, são variáveis extremamente importantes para o nosso desenvolvimento e bem-estar. Há uma frase dita na Biodanza que diz “um ser não tocado, definha.” E esta necessidade mantém-se ao longo da vida. A procura de relações estáveis acontece precisamente porque precisamos da estabilidade e do conforto emocional.
Sempre que a empatia surge entre duas pessoas, abre-se um caminho para o entendimento. Sendo a empatia a nossa capacidade de sentir as emoções dos outros, é um processo neural fundamental à confiança e que é reforçado com produção de oxitocina, que acontece quando sentimos que confiam em nós ou nos é mostrada simpatia. São estas ações e este sentir, que nos leva a cooperar com os outros. A oxitocina não é produzida apenas na maternidade, no ato do parto e na amamentação. É conhecida como a hormona do amor e está presente no abraço, no beijo, no ato sexual. Diana Prata, investigadora principal do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, explica numa entrevista que, para além de parecer ser promissora em contrariar o stress, a ansiedade, o apetite e os hábitos de 'craving' na toxicodependência, também pode promover a socialização, "por exemplo, em termos da redução de aversão por pessoas estranhas, como aumento da confiança, empatia, e robustez de laços afetivos."
Por todas estas razões, é fácil iniciar bons relacionamentos, a questão é mantê-los. Espiritualmente falando, quando duas pessoas se conhecem, os olhares se cruzam e se dá um clique, um sentir, um abanão, é um reconhecimento de alma. Esse clique pode não ser a sensação de paixão eminente/bomba a explodir. Pode ser algo muito desconfortável também e, que a reação a seguir é fugir de medo. Mas, seja o que for, se há um mexer de emoção no peito, quer se traduza em borboletas na barriga ou outra sensação qualquer, algo há que já foi vivido com aquela pessoa noutra vida e, provavelmente para viver por aquelas duas pessoas nesta vida.
A sintonia desenvolve-se quando duas pessoas entendem mutuamente os seus pontos de vista, apreciam os sentimentos e se colocam no mesmo comprimento de onda. Quantas vezes conhecemos pessoas há anos e o nosso grau de intimidade é baixo? Por outro lado, há momentos em que conhecemos pessoas há 5 minutos e já estamos a fazer planos para vida. Conhecer o nosso mapa astral pode ser também uma boa ajuda para entendermos as nossas dificuldades ou desafios relacionais. Mediante a posição de Saturno, Plutão, a Lua e Vénus, de uma forma geral, podemos conhecer os nossos medos e resistências, assim como as necessidades emocionais e dos afetos. Num casal, conhecer estas questões a dois, facilita bastante o entendimento. Tanto podemos ter imenso medo de expressar emoções, e não nos permitimos desenvolver qualquer tipo de ligação se a sensação ao conhecer uma pessoa for de estranheza, como a memória emocional positiva pode despertar e parece que recomeçamos a ligação de onde ela ficou algures no passado. O segredo está no equilíbrio. É preciso promover a boa comunicação, mas também as boas emoções.
A esperança nos relacionamentos está cada vez mais na autoconsciência do nosso Ser Pleno. É preciso ter presença emocional na vida do outro, promovendo conforto e harmonia mutuamente, promovendo a partilha das emoções verdadeiras, aquelas que expressam a nossa mais sincera fragilidade como Ser Humano. Não as que incitam e alimentam as fortalezas ilusórias construídas na crença que nos temos de proteger dos outros e do mundo, como se tivéssemos sempre de viver em guerra com algo ou alguém. Quem sente a vida desta forma, na verdade, vive apenas em guerra consigo mesmo e nem se apercebe disso.
TERAPIAS ESPIRITUAIS E MANUAIS: LIMPEZA ESPIRITUAL, ASTROLOGIA, MEDITAÇÃO, REFLEXOLOGIA, MASSAGEM E FORMADORA DE REFLEXOLOGIA
www.facebook.com/carmenluzkrystal
[email protected]
in REVISTA PROGREDIR | AGOSTO 2020
(clique no link acima para ler o artigo na Revista)